Iniciou ontem, 4, e segue até este sábado, 6, o Simpósio do XLIII Encontro Cultural de Laranjeiras. O evento promovido pela Secretaria de Estado da Cultura – Secult -, no Campus de Laranjeiras da Universidade Federal de Sergipe – UFS -, reúne pesquisadores, gestores e agentes culturais.
Na abertura, houve a apresentação do Cacumbi de Mestre Deca, um dos mais tradicionais grupos da cultura popular do Município. Em seguida, o secretário de Estado da Cultura de Sergipe, João Augusto Gama, e o prefeito de Laranjeiras, Paulo Hagenbeck, participaram da cerimônia de boas-vindas. “É um prazer estar aqui abrindo este evento que é, talvez, o encontro cultural mais importante do País, tanto pela sua história, como por abrir o calendário cultural do ano”, considerou o João Augusto Gama. Já para o prefeito da cidade “o Simpósio compõe uma parte fundamental do tradicional Encontro Cultural de Laranjeiras”.
A abertura contou ainda com a participação do Mestre Zé Rolinha, do presidente do Conselho Estadual de Cultura, Antônio Amaral; do diretor do Campus de Laranjeiras, Gilson Ranbelli; e da vice-reitora da UFS, Iara Maria Campelo Lima.
Palestras
Na primeira rodada de palestras, o secretário de Estado da Cultura de Pernambuco, Marcelino Granja, falou sobre a “Lei do Patrimônio Vivo – As experiências de Pernambuco” e destacou em sua fala um pouco do que é feito no Estado que é uma das referências na questão.
“Os gestores precisam entender que a cultura é inerente a condição humana, e da mesma forma, a arte é um núcleo da cultura, e tem manifestações artísticas que vem para o bem, e outras que não. Então o desafio da política pública é ter responsabilidade nas escolhas para quais artistas e manifestações irá aplicar os recursos públicos”, ressaltou.
Mediando a mesa, o superintendente executivo da Secult, e ex-secretário de Cultura de Laranjeiras, Irineu Fontes, falou sobre a Lei dos Mestres do município, implantada na sua gestão.
Programação
“Na época da implantação da Lei, pesquisamos exemplos de vários Estados, e Pernambuco foi um deles. Atualmente temos mais de 120 grupos de cultura popular em Sergipe. Só em Laranjeiras são 25, por isso é muito importante valorizar e incentivar o trabalho destes fazedores da nossa cultura”, defendeu.
A mesa contou ainda com a participação do mestre Dedé de Pernambuco, do mestre Zé Rolinha e da mestra Bárbara das Taieiras, ambos de Laranjeiras.
Ainda pela manhã, aconteceu a mesa “Patrimônio Imaterial: um debate aberto”, apresentada pelo professor da UFS e membro do conselho Estadual de Cultura, Fernando Aguiar e pelo representante do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Sergipe – Iphan-SE -, Edílio José Soares Lima.
À tarde, o destaque foi a apresentação do Largo da Gente Sergipana, realizada pelo superintendente do Instituto Banese, Ézio Déda, além de um debate sobre “As festas tradicionais e os diferentes processos de atualização”, com a presença de Oswaldo Trigueiro (PB) e de Oswaldo Barroso (CE). Houve ainda a apresentação do espetáculo Dando Nó em pingo D’água”, do Eitcha Companhia de Teatro.
* Com informações da Secult
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