Mais da metade dos brasileiros está preocupada com o risco de contrair uma doença grave e não conseguir manter sua estabilidade financeira. Os dados são de pesquisa da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), que apontou que 58% dos entrevistados mostraram preocupação com o risco de ter uma doença grave. O levantamento mostra ainda que mais de 80% das pessoas estão interessadas em contar com uma proteção financeira no caso de doença grave ou internação hospitalar (https://fenaprevi.org.br/) mas, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) apenas 19% dos entrevistados contam com uma previdência privada (www.anbima.com.br)

A professora do curso de Direito da Estácio e especialista em Direito Previdenciário, Paula Assumpção aconselha as pessoas a já pensarem na previdência privada desde que  começam a trabalhar. “É interessante para todo mundo, pois todos deveriam contar com um dinheiro extra e fazer uma poupança forçada para utilizar na sua terceira idade ou quando a pessoa quiser diminuir o ritmo de trabalho, mas essa não é a realidade da maioria das pessoas. Cerca de 80% da população brasileira declara em pesquisas do IBGE que não sobra dinheiro no final do mês. E assim é impossível fazer uma previdência privada”, constata.

Para a advogada o principal benefício da previdência privada é que ela é planejada e, por isso, pode ser pensada de forma estratégica. “Por exemplo, eu tenho 35 anos e acho que quando tiver 60 anos vou querer desacelerar o ritmo de trabalho. Então, vou passar em um banco, que pode ser um banco público ou privado, e estudar os planos de previdência privada que o banco oferece para encontrar um mais adequado à minha situação”, explica. 

Dúvidas comuns

Segundo a advogada previdenciária, as dúvidas mais comuns em relação à Previdência Privada são: a partir de quando é possível sacar o dinheiro e quanto ficará com o banco caso você precise sacar o dinheiro antes da hora. “Atualmente existem planos de previdência privada que fazem seguro saúde e pagam até salário maternidade. Por isso, para sanar todas as dúvidas, o recomendado é ir de banco em banco verificar a proposta, ver quanto dinheiro você pode destinar a essa previdência privada e também  fazer um planejamento pessoal, porque é importante não sacar o dinheiro antes da idade que você estipulou para que você não tenha prejuízo, não perca dinheiro para o banco”. E, no caso de dúvidas mais específicas,  a professora lembra que o melhor é sempre pedir orientação para um especialista em Direito Previdenciário.

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Fonte: Estácio

Foto: Ascom