Em 2012, a cobertura vacinal do Brasil contra a poliomielite, vírus que pode causar paralisia infantil, era de 96%. Em 2021, esse número caiu para 67%. A redução preocupa especialistas em saúde, e para a senadora por Sergipe Maria do Carmo Alves (PP), o percentual deve servir de alerta para o País. Ela afirma ser essencial que gestores das esferas federal, estadual e municipal, trabalhem de modo conjunto a fim de aumentar o número de crianças imunizadas, que compõem o grupo mais vulnerável à doença.
“Eu vi a pólio ser erradicada, e de forma alguma desejo vê-la retornar. Não podemos baixar a guarda. Sergipe, por exemplo, conseguiu vacinar apenas 24% do público alvo até a última segunda-feira, devido à baixa procura de pais e responsáveis pelo imunizante. O nível ideal de cobertura vacinal estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 95%. Apenas a atuação conjunta para incentivo à vacinação, por meio de campanhas educativas sobre a importância da imunização, poderá mudar esse cenário”, destacou, acrescentando que a campanha no Estado possui a maior taxa de vacinação do País.
A senadora ressaltou que o vírus não é só capaz de incapacitar crianças, mas, também, de levá-las a óbito. Isso porque a poliomielite pode causar paralisia em músculos respiratórios. Especialistas estimam que, entre os pacientes de poliomielite paralítica, 5% a 10% morrem devido a essa condição. “A resposta para isso está na Unidade Básica de Saúde mais próxima da residência da criança que pode ser vacinada contra a pólio, de graça. E lembremos: pais e responsáveis são peça fundamental nessa batalha”.
Covid: Imunização em baixa
Para Maria do Carmo Alves, a baixa procura pela 4ª dose da vacina contra a Covid-19 em Sergipe também preocupa. Desde a primeira quinzena de julho deste ano, foi liberada a segunda dose de reforço do imunizante para pessoas de 18 anos ou mais, porém, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES), a taxa de aplicação se encontra abaixo de 30%. A senadora lembrou que a pandemia ainda não acabou, e que novas variantes do novo coronavírus continuam a surgir no mundo.
“Não basta tomar uma ou duas doses do imunizante contra a Covid-19: é essencial que se complete o esquema vacinal. Só assim teremos a maior proteção possível contra o novo coronavírus, que não só continua a circular, mas também registra novas variações perigosas. Além disso, corremos o risco de vivermos novas ondas da doença. Definitivamente, não é o momento de relaxarmos por completo”, enfatizou a senadora da República.
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Fonte: Assessoria Parlamentar
Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado
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