A Universidade Federal de Sergipe – UFS – foi classificada entre as cinco melhores universidades do Brasil no Times Higher Education World University Rankings 2022, sendo a mais bem ranqueada da região Nordeste. O resultado do levantamento da revista britânica Times Higher Education – THE – foi divulgado na última quarta-feira, 1º.

Pelo segundo ano seguido, a UFS manteve-se no estrato 601-800 do ranking com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS – e a Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. Embora tenha mantido o desempenho do ano passado, a UFS passou das oito melhores para as cinco primeiras na classificação, em razão das quedas da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC –, Universidade Federal de São Paulo  – Unifesp – e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-RJ.

“É um orgulho imenso ter a UFS mais uma vez veiculada como uma das universidades mais importantes do nosso país. Isso mostra o processo sólido de crescimento e consolidação das ações da Universidade, mantendo um nível elevado de formação de seus alunos e, principalmente, mantendo uma relação próxima com a sociedade através do desenvolvimento de pesquisas e projetos de aproximação de muita relevância,” destacou o reitor da UFS, Valter Santana.

Reitor da UFS, professor Valter Santana enaltece desempenho da instituição em ranking internacional Fotos: Adilson Andrade / Ascom UFS

No Brasil, 59 instituições foram classificadas no levantamento. A Universidade de São Paulo – USP – e a Universidade de Campinas (Unicamp) ocupam as duas primeiras posições no país, posicionando-se nos estratos 201-250 e 401-500, respectivamente.

Top 10 das universidades brasileiras
Instituição    THE – Ranking 2022
USP    201 – 250
Unicamp       401 – 500
UFRGS           601 – 800
UFMG           601 – 800
UFS    601 – 800
UFSC  801 – 1000
Unifesp         801 – 1000
Unifor           801 – 1000
PUC-RS         801 – 1000
PUC-RJ          801 – 1000

A 18ª edição do ranking analisou mais de 1.600 instituições de ensino superior de 99 países. A Universidade de Oxford (Reino Unido), o Instituto de Tecnologia da Califórnia – EUA – e a Universidade de Harvard – EUA –estão no topo da lista no mundo.

“Estar nesse ranking é colocar a Universidade dentro do cenário internacional. Isso abre espaço, por exemplo, para receber fomento externo, ter parcerias internacionais. Então, é um ranking muito importante, até porque também é vinculado à revista Times, que é uma das principais publicações mundiais em várias áreas, dentre elas a educação,” pontua o pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa da UFS, Lucindo Quintans.

A avaliação do Times Higher Education levou em consideração 13 indicadores de qualidade, agrupados em cinco categorias. São elas: o desempenho do ensino; o ambiente de inovação; a projeção da internacionalização; o volume, investimento e reputação em pesquisas científicas; e a repercussão das pesquisas em citações.

Lucindo Quintans, pró-reitor de pós-graduação e pesquisa da UFS, destaca relevância dos indicadores

“Isso demonstra que a UFS produz ciência de qualidade, que transita na fronteira do conhecimento humano com repercussão para a vida prática das pessoas. Por isso, esse indicador é levado em consideração nesses rankings mundiais. Algo que também precisa ser dito é que sem uma graduação muito forte e consolidada, sem trabalhos de extensão que atendam a comunidade, os indicadores da UFS não teriam tão grande repercussão. Há um conjunto de fatores,” complementa o pró-reitor.

Ciência voltada à pandemia

O desenvolvimento de pesquisas sobre a Covid-19 ao longo do primeiro ano da pandemia também influenciou o desempenho das universidades, a exemplo de Oxford, pela sexta vez seguida no topo do ranking, tendo desenvolvido a vacina AstraZeneca.

Na UFS, o professor do Departamento de Educação em Saúde e chefe do Laboratório de Patologia Investigativa, Paulo Ricardo Martins Filho, lidera o volume de produções sobre o tema na instituição com mais de 40 publicações. Ano passado, ele foi considerado um dos cinco cientistas que mais publicaram sobre a covid-19 no país.

“Publicamos artigos que discutiram políticas públicas voltadas ao enfrentamento à pandemia, fake news, relatos de caso único no mundo, estudos de soroprevalência, vigilância genômica, impacto da covid-19 em populações vulneráveis, previsão de ocupação de leitos de UTI no estado, fatores de risco relacionados à mortalidade pela doença, cobertura vacinal para Sergipe e evidências relacionadas a prevenção e tratamento da covid-19,” conta o pesquisador.

Paulo Martins Filho lidera publicações sobre a Covid-19 no Laboratório de Patologia Investigativa da UFS

“A maioria desses estudos envolvem estudantes de graduação e pós-graduação na universidade, contribuindo para a formação qualificada dessas pessoas, da nossa pós-graduação, e também para a geração de conhecimento científico. Inclusive, algumas dessas pesquisas foram importantes para a implantação de políticas públicas no Estado no enfrentamento à pandemia, tendo sido usadas para tomada de decisão dos órgãos competentes,” acrescenta Paulo Martins.

Ranking latino-americano

Outro levantamento da instituição britânica Times Higher Education colocou a UFS entre as cinco melhores instituições do Nordeste. Trata-se do Latin America University Rankings 2021. Foi o segundo ano consecutivo no qual a UFS ocupou a quinta posição. O levantamento foi divulgado em julho deste ano, envolvendo apenas universidades latino-americanas.

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Fonte: UFS