Por Rosa Meire, de Salvador
O feriado da Semana Santa deixou a capital, Salvador, vazia. Mas, nem a combinação do feriado da sexta-feira; o tempo nublado e o dia chuvoso do sábado impediram o soteropolitano de ir às compras de chocolates e ovos de Páscoa.
“Em termos de vendas esta Páscoa está melhor! Eu calculo em torno de 30% de crescimento das vendas nessa semana da Páscoa. No decorrer da semana foi grande o movimento, principalmente na quinta-feira, que foi o dia mais forte”, observou o encarregado de setor de uma unidade de uma rede de supermercados situada no Centro de Salvador. Conforme o encarregado, na loja, chocolates vendidos em caixas de bombons tiveram a preferência dos consumidores.”O povo não perde a tradição do ovo de páscoa, mas os bombons estão saindo mais!”, disse.
Dentro da loja, o industriário Gerson de Menezes era o exemplo desse cenário de vendas. Com os olhos fixados no alto, em meio aos ovos de Páscoa, estava à procura de uma boa oportunidade, de custo/benefício. “Comprei três caixas de bombons para dividir entre sobrinhos e afilhados e um ovo para minha filha de 12 anos. A gente como adulto já tem a visão, mas a criança tem aquele sonho. A fé é que não pode mudar. Saber o que a Páscoa está representando”, disse.
Ao fazer as contas, o industriário constatou a alta nos preços dos ovos nesta Páscoa. “Eu acredito que está mais caro devido à crise, que está afetando tudo. No ano passado eu comprei oito caixas de chocolate (bombons) e esse ano estou levando só três. Por exemplo, eu comprei por R$ 8,00 cada caixa. No ano passado, na mesma caixa eu paguei R$ 6,50. Com relação aos ovos, um ovo com 350 gramas custa hoje R$ 56,00. Esse aqui de 250 gramas está saindo por R$ 45,00. É preciso fazer contas”, observou.
Também à procura de ovos de Páscoa, a vendedora autônoma Bárbara Hanna, mãe de Ângelo de 9 meses concordou em relação à alta nos preços: “Tá tudo muito caro este ano em relação ao ano passado. Quem não tem um trabalho fica tudo mais difícil”, observou.
Comportamento
Consumidores de uma loja de departamento em um Shopping localizado no Centro da cidade ocupavam uma longa fila para as compras de chocolates, ovos e coelhos de Páscoa. A procura por caixas de bombons de menor preço esteve grande, bem como dos ovos de Páscoa, já repostos.
Com coelhos de Pelúcia grande e médio nos braços, a operadora de Caixa Stéfane Ferreira, 23 anos, dizia estar satisfeita com a compra para a sobrinha de um ano. “Esse ano está com mais movimento pela suspensão das restrições da pandemia. Eu senti que os preços estão bem mais altos. Imagino que os ovos de páscoa estão uns 30% mais caros. Ovos grande custando em média R$ 80,00, R$ 100,00 estão bem mais caros. Optei por levar os bonecos de pelúcia para minha sobrinha que ainda é pequena”, disse.
Ovos de Páscoa
A procura por chocolates de marca na região do centro da cidade enfrentou desafios entre a sexta e o sábado. Numa loja situada em um supermercado no bairro do Canela, o vendedor Dario Castro observou até a sexta-feira, queda em torno de 50% nas vendas dos chocolates finos, de uma rede nacional. Ele revelou fazer parte de um grupo de lojistas e vendedores em uma rede social. “Tenho acompanhado o mercado. Em shoppings estão vendendo. Mas, em regiões como esta, final de semana e feriado fica tudo mais deserto. No ano passado foi bem melhor, pois quem mora próximo à loja só tinha essa opção”, avaliou.
Na Avenida Sete de Setembro, apesar da chuva e do comércio de rua estar praticamente fechado na tarde de ontem, uma loja da mesma marca de chocolates, estava com amplo movimento. Nela, a manicure Sara dos Santos, 27 anos, acabara de ser atendida: “Vim do Shopping agora. Acostumada a comprar tudo no Shopping. Cheguei lá, não tinha mais!. As prateleiras todas vazias. Só tinha ovo pequeno mesmo. Eu também já cheguei em cima da hora. E lá a fila estava enorme, mas ovo de páscoa não tinha nenhum mais! Optei por vir comprar aqui na Avenida Sete. Valeu à pena! Comprei por R$ 49,90 e ainda tive desconto! O ovo é pra mim! Pra minhas crianças já comprei!”, disse.
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