O Setor empresarial sergipano publicou na quarta-feira, 13, uma Carta Aberta direcionada ao Governo onde questiona a “ausência de um plano estruturado de combate a Covid-19 que proteja, de forma clara e objetiva, a saúde dos sergipanos e a economia do Estado”. 

O documento foi assinado por 19 entidades que representam empresas geradoras de mais de 300 mil postos de trabalho.

Na Carta Aberta o setor produtivo pede entre outras coisas que seja aberto um canal real de diálogo, para discutir o planejamento urgente de um Plano de Expansão da Estrutura de Saúde para atendimento às vítimas do Covid-19, simultaneamente com um Plano de Retomada das atividades econômicas, respeitando as imposições de distanciamento social e os protocolos de biossegurança para evitar a transmissão da Covid-19.

Governo rebate

Em nota, o Governo de Sergipe esclarece que não é verdade que não existe um plano estruturado para combater a Covid-19 que proteja a saúde das pessoas. “Esse plano existe e teve construção antes mesmo do registro de primeiro caso no Estado, prova é a ampliação de novos leitos de UTI e de enfermaria, dos protocolos e da regulação que foram implementados para atender os casos provenientes do coronavírus”, diz a nota.

O comunicado ressalta ainda que “não é verdade que o isolamento social não tem surtido efeito. Caso as medidas de isolamento não fossem tomadas pelo Governo do Estado no início da pandemia, Sergipe estaria com números de infectados e hospitalizados muito mais alarmantes do que os atuais”.

A nota diz ainda que “desde o início da pandemia, o Governo do Estado vem realizando estudos para permitir que uma série de setores estejam com suas portas abertas nas diversas áreas, a exemplo de lojas de produtos essenciais (supermercados, atacadistas, farmácias, açougues, postos de gasolina), lojas específicas em ruas (óticas, oficinas, material de construção, auto peças), hotéis, pousadas, escritórios de contabilidade e advocacia, construção civil, indústria, atividades agrícolas, incluindo as feiras para dar escoamento à produção rural, entre outras atividades, que foram amplamente divulgadas”.

Já com relação a ações concretas para ajudar empresas, que a carta dos empresários alega que não existem, o Governo do Estado ressalta que além de uma série de adequações de ordem tributária que facilitaram a vida das empresas, o Governo intermediou junto ao Banese, linhas de crédito em condições especiais de prazos e taxas de juros, em valores que chegam a R$ 500 milhões para capital de giro e investimentos.

Quanto à retomada e abertura das diversas atividades econômicas no Estado, o Governo do Estado revela que possui uma estratégia, mas entende que neste momento de crescimento da curva de novos casos de contaminação e óbitos, não é adequado sua divulgação e lançamento.

Confira aqui a Carta Aberta do Setor empresarial na íntegra

Confira aqui a nota do Governo do Estado na íntegra

Foto: Sueli Carvalho