O dia 10 de setembro, Dia Mundial para Prevenção do Suicídio, é uma data para lembrar a importância de falar, esclarecer, conscientizar e estimular o diálogo a respeito do tema, além de promover ações efetivas para o combate ao suicídio.

Monumentos e prédios no mundo inteiro iluminam-se na cor amarela no mês de setembro, num gesto de apoio à campanha Setembro Amarelo, iniciativa mundial que visa alertar e conscientizar a população a respeito do suicídio e suas formas de prevenção. No Brasil, a campanha é organizada desde 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM – e ganha força com a adesão de monumentos históricos, pontos turísticos, espaços públicos e privados, além do apoio da sociedade e de pessoas que participam de caminhadas e realizam ações de conscientização sobre o tema.

Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS -, no mundo, são registrados, todos os anos, aproximadamente um milhão de casos de óbitos por suicídio e, no Brasil, cerca de 12 mil. O número é bem maior por causa da subnotificação, que ainda é uma realidade. Em todo o mundo, ocorre uma morte a cada 40 segundos, e quase 100% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e do abuso de substâncias.

Com a pandemia, cresce o alerta. Em maio deste ano, a Organização das Nações Unidas – ONU – divulgou o “Resumo de políticas sobre a Covid-19 e a saúde mental”. Os relatórios indicaram um aumento nos sintomas de depressão e ansiedade em vários países, e a ONU destacou a necessidade de aumentar urgentemente o investimento em serviços de saúde mental. Pesquisas também têm apontado que o medo de contágio pelo novo coronavírus, o isolamento social, a separação de pessoas queridas, o desemprego, a perda de renda ou de membros da família, entre outros fatores, corroboram para o aumento dos transtornos mentais, acarretando abalos psicológicos para muitas pessoas em todo o mundo.

Para contribuir na sensibilização da temática, a Legião da Boa Vontade realizará, no decorrer de todo o mês de setembro, atividades de conscientização aos estudantes, pais e responsáveis em todas as suas unidades no Brasil, uma vez que o aumento do suicídio entre os jovens é um fenômeno que vem causando preocupação mundial. A LBV trabalha há 70 anos pela valorização do ser humano, promovendo ações que enaltecem o Amor e o respeito à vida. O assunto é abordado por meio de diversas atividades, tais como palestras, fóruns e entrevistas com especialistas, com o objetivo de conscientizar os atendidos e a população em geral.

Mesmo com a interrupção das atividades presenciais realizadas em grupo nos Centros Comunitários de Assistência Social da LBV, a Instituição desenvolve atividades remotas com os atendidos e permanece com uma equipe de plantão realizando o atendimento e fornecendo todo o suporte às famílias. Os profissionais atuam diretamente na escuta e no acolhimento dos atendidos e, ao identificarem a situação de cada um, verificam qual intervenção precisa ser feita e, quando necessário, fazem o encaminhamento para serviços específicos, que incluem as demandas psicológicas e emocionais.

ODS

A boa saúde mental é fundamental para o bem-estar de todas as pessoas e da sociedade como um todo. Por isso, vale lembrar que o terceiro dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS -, “Saúde e bem-estar”, visa assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, independentemente da idade. Os ODS foram estabelecidos pela ONU e fazem parte de uma agenda global adotada em 2015 por chefes de Estado e de Governo e altos representantes de países do mundo todo, os quais se comprometeram a alcançar o desenvolvimento sustentável nas suas três dimensões — econômica, social e ambiental — de forma equilibrada e integrada até 2030.

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Fonte: LBV

Foto: José Gonçalo / Ascom LBV