O Setembro Amarelo é uma campanha mundial de prevenção ao suicídio, é nesse período que surgem diversas atividades em alusão a conscientização sobre o tema ainda tão pouco refletido na sociedade. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde – OMS -, é possível prevenir o suicídio em mais de 90% dos casos. O psicólogo do Hapvida, Vitor Matos, fala sobre a importância da conscientização.
“Tem a importância de sensibilizar a população sobre esta temática que é a segunda maior causa de morte, principalmente para a população jovem, perdendo apenas para os acidentes de trânsito. Ressalta-se que é necessário ampliar as causas e consequências que antecedem o suicídio como isolamento, tristeza profunda, depressão, sentimento de vazio, pois assim, será possível formular estratégias de enfrentamento para lidar melhor com estas problemáticas, em prol da saúde mental e da qualidade de vida”, esclarece.
O suicídio já é tido como um problema de saúde pública, o Centro de Valorização pela Vida – CVV -, aponta que 1 brasileiro a cada 45 minutos comete suicídio. Para prevenir esse problema, o especialista reforça a importância da família. “A família deve primeiro perceber e estar presente na vida de qualquer membro, pois um bom vínculo cria confiança para que o mesmo fique à vontade para falar sobre suas queixas diante do ambiente que está inserido. Quanto mais tiver sensibilidade para entender o caso e, sobretudo, perceber que existe um sofrimento por trás do comportamento, melhor ela conseguirá prevenir, a partir do auxílio do psicólogo e do psiquiatra”, explica Vitor Matos.
O especialista acrescenta que é importante destacar alguns pontos, como o conhecimento sobre a depressão, pois demonstrar empatia com a dor do outro é primordial. O indivíduo pensa na morte muitas vezes como “oportunidade” de acabar com a dor e não com a sua vida em si, portanto, oferecer suporte em sua base biológica, psicológica, social e espiritual contribuem para a prevenção da temática.
“Os cuidados psicológicos são fundamentais quando se trata do suicídio. O psicólogo tem o compromisso no bem-estar social e individual, portanto, sua inserção na vida das pessoas é fundamental, no qual destacam-se os pontos fracos e fortes ao enfrentar a problemática. A ideia suicida muitas vezes está articulada com o fator depressivo, pois apresenta sentimentos de impotência, baixa autoestima e isolamento”, elucida o psicólogo.
Na terapia, o trabalho tem o objetivo de cuidar das emoções e pensamentos distorcidos, para que o sujeito enfrente as situações e crie habilidades para lidar com elas. No entanto, não tem como fazer sozinho, por isso o vínculo familiar é importante para o avanço do tratamento. Além disso, o psicólogo pode contribuir com terapias em grupo e vivências que ampliem o conhecimento e as atitudes de enfrentar o suicídio.
Fonte: D Comunicação Estratégica
Foto: Divulgação
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