A 27ª edição do Palco Giratório, maior projeto de itinerância de artes cênicas no Brasil, será lançada em Recife, entre 25 e 27 de abril. A partir dessa data, 16 grupos de 15 estados circularão por 96 cidades até dezembro, levando à plateia teatro, circo, dança, performance e teatro infantil. A grandiosidade do projeto se mostra pela diversidade regional dos artistas, das linguagens e pelo número de espetáculos que chegará ao público. A programação poderá ser acompanhada no site e redes sociais do Sesc em cada estado. 

O circo, celebrado no dia 27, será o grande homenageado do Palco Giratório 2025 por meio da Escola Pernambucana de Circo, projeto social que tem grande impacto na periferia do Recife, e de Fátima Pontes, líder da companhia há 27 anos. Fátima é referência na arte circense do país, além de atriz, pesquisadora e dramaturga.

Espetáculos

Os 16 grupos levarão ao público humor, poesia, música, teatro e dança, além do universo do circo. Os espetáculos passam por temas que vão da influência dos povos ancestrais, espiritualidade, relações familiares à inclusão social. Esse é caso do espetáculo ‘Da Janela’, da Trupe do Experimento, do Rio de Janeiro, que narra a amizade entre três crianças e utiliza a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para promover acessibilidade.

Já ‘Ané das Pedras’ é uma peça de teatro performativo produzido pela Coletiva Flecha Lançada Arte, da cidade do Crato, no Ceará. A performance de Bárbara Matias Kariri mostra um ritual de plantação de pedra, como quem conta um sonho, e revela ao público a arte da cena dos povos indígenas e sua urgência de trazer seus saberes para o centro dos debates.

O grupo Dimenti, da Bahia, participa do Palco Giratório com o espetáculo ‘Biblioteca de dança’, em que artistas transformam seus corpos em ‘livros vivos’ para compartilhar com o público memórias associadas a danças e pensamentos, que marcam a vida de cada um. 

“O Palco Giratório permite essa difusão e o intercâmbio entre artistas e o público nas mais diferentes expressões criativas. A curadoria é formada por profissionais do Sesc de todo o país que acompanham o cenário teatral em suas regiões. Isso possibilita essa diversidade de apresentações e temáticas, que retratam a riqueza da produção cênica brasileira. Outro ponto relevante é o poder que esse modelo de itinerância tem de impulsionar a economia criativa, ao levar artistas para um número tão grande de cidades, movimentando a cadeia da cultura e de outros setores, como logística, comércio e hotelaria”, destaca Janaina Cunha, diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc.

Histórico

Palco Giratório foi lançado em 1998 e já contou com a participação de 412 grupos artísticos de todas as regiões brasileiras, oferecendo cerca de 10.000 apresentações a um público estimado em mais de 5 milhões de espectadores. É reconhecido no cenário cultural brasileiro como um importante projeto de difusão e intercâmbio das Artes Cênicas, que intensifica a formação de plateias a partir da circulação de espetáculos dos mais variados gêneros. Mais informações em www.sesc.com.br/palcogiratorio

Veja os grupos que participam do Circuito Nacional Palco Giratório 2025:

1.    Acre: Coletivo Iluminar (Monólogo Híbrido Experimental)

2.    Alagoas: Ozinformais (Dança)

3.    Bahia: Dimenti Produções Culturais (Dança/Performance)

4.    Ceará: Coletiva Flecha Lançada Arte (Teatro Performático)

5.    Ceará: Pavilhão da Magnólia (Teatro Documental)

6.    Goiás: Ateliê do Gesto (Dança)

7.    Mato Grosso: Du Cafundó (Circo)

8.    Mato Grosso do Sul: Grupo Fulano di Tal (Teatro / Poesia)

9.    Minas Gerais: Esparrama! (Dança-Teatro)

10.   Pará: Las Cabaças (Comédia / Palhaçaria)

11.   Paraná: Grupo Baquetá (Musical / Teatro Afroindígena / Teatro para as Infâncias)

12.   Pernambuco: Trupe Circus (Escola Pernambucana de Circo) (Modalidade: Circo)

13.   Piauí: Original Bomber Crew (Modalidade: Dança Contemporânea) 

14.   Rio de Janeiro: Trupe do Experimento (Teatro Infantil)

15.   Rio Grande do Sul: Coletivo Água Redonda e Comprida (Dança)

16.   São Paulo: Aysha Nascimento, Naruna Costa e Jhonny Salaberg (Teatro)

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Fonte: Sesc Nacional