Nesta quarta-feira, dia 7 de maio, Sergipe celebra o “Dia Estadual da Mãe Atípica”, uma data instituída pela Lei nº 9.532, de 30 de agosto de 2024, de autoria da deputada estadual Carminha Paiva (Republicanos).

A iniciativa da parlamentar visa não apenas reconhecer o papel fundamental dessas mães na sociedade, mas também fomentar o debate sobre políticas públicas voltadas ao acolhimento, inclusão e suporte às famílias atípicas.

Autora da Lei, deputada estadual, Carminha Paiva – Foto: Jadilson Simões/Agência de Notícias Alese

O que significa “Mãe atípica”?

É um termo usado para se referir a mães de filhos com deficiência, transtornos do neurodesenvolvimento, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e/ou doenças raras e crônicas que exigem cuidados constantes ou diferentes dos considerados “típicos”.

Essa expressão surgiu para reconhecer os desafios únicos enfrentados por essas mães, como:

• Demandas emocionais e físicas intensas no cuidado diário;

• Rotina repleta de terapias, consultas e adaptações;

• Preocupações constantes com o futuro do filho;

• Falta de apoio do Estado e, muitas vezes, da rede social;

• Julgamentos ou incompreensão de pessoas que não vivem a mesma realidade.

Ser uma mãe atípica muitas vezes significa redefinir expectativas, construir uma rede de apoio sólida e desenvolver força e resiliência em meio a situações que exigem muito mais do que o habitual.

Dados estatísticos

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), apesar de ser o menor estado do país, Sergipe possui o maior percentual de pessoas com deficiência (PcD) entre todas as unidades federativas brasileiras. No Estado, há 279 mil pessoas com algum tipo de deficiência, o que corresponde a 12,1% do total de habitantes, segundo dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse percentual supera a média nacional, que é de 8,9%.

Entre as capitais brasileiras, Aracaju, apresenta o segundo maior percentual de pessoas com deficiência, com 10,4% da população nessa condição. A cidade fica atrás apenas de Recife, que registra 11,1% .

Mais empatia, respeito e acessibilidade

As mães atípicas enfrentam uma rotina intensa, muitas vezes marcada por batalhas constantes por diagnóstico, tratamento, inclusão escolar e acesso a direitos básicos do(s) filho(s).

A instituição desta data, inseriu Sergipe no rol dos estados brasileiros que buscam institucionalizar ações voltadas para a inclusão e o respeito às diversidades humanas. A população sergipana é chamada a reconhecer e apoiar essas guerreiras, que exercem diariamente um papel de extrema dedicação e coragem. Além do reconhecimento simbólico, a expectativa é que o 7 de Maio, sempre inspire políticas públicas mais eficazes, com foco em apoio psicossocial, acessibilidade e inclusão escolar. Também é um convite à reflexão sobre a importância da empatia, do respeito à diversidade e da construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

———-

Fonte: Agência de Notícias Alese

Foto Principal: Reprodução