Um dos debatedores da audiência pública “Caueira: obstáculos e desafios ao desenvolvimento”, iniciativa do também deputado Luciano Pimentel, PSB, na manhã dessa sexta-feira, 31, no Plenário da Assembleia Legislativa, o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 16ª Região – Creci/SE -, Sérgio Sobral, disse que um aspecto sobre a Caueira e outras praias do Estado é que, segundo ele, “Sergipe não tem um política de turismo e que falta gestão à quem está no comando”.
Segundo Sérgio Sobral desde o governo de Antônio Carlos Valadares que existe um projeto pronto para resolver o problema do litoral sergipano, mas “até hoje, entra governo, sai governo e nada muda! Não se resolve, o problema aí é falta de gestão!”, avaliou, dizendo ainda que “no Nordeste só Teresina, PI, possui menos quartos de hotel do que Aracaju. Aqui o turismo não existe! Praticamente 80% das pessoas que vêm para cá são da Bahia e buscam nosso Estado por conta da tranquilidade, para fugirem das festas”.
O presidente do Creci disse ainda que Sergipe é um Estado de mão de obra farta e qualificada, de terra barata e que tem sol o ano inteiro. “A coisa mais difícil é encontrar praias nativas no mundo e Sergipe tem, mas ninguém faz nada! Os mercados imobiliários da Bahia e de Alagoas são fortes porque os turistas internacionais compram imóveis lá! A gente percebe que também falta vontade política para incrementar o turismo”.
Sérgio Sobral relatou que tem um Congresso Internacional sendo programado para Aracaju, já no próximo mês de Julho, com as vindas de comitivas da Europa, Ásia e Estados Unidos, de várias partes do mundo, e que até agora não há um local adequado para acomodar o evento. “O Centro de Convenções – CIC – está em obras, o Teatro Tobias Barreto do mesmo jeito. Essa falta de gestão em Sergipe já vem se arrastando há anos, vem patinando”.
Sobre as praias da Caueira, em Itaporanga, do Abaís e do Saco, em Estância, ele disse ainda que “nessas praias e naquelas ilhas por lá, se fossem em outro Estado, já teríamos uma estrutura de hotéis, resorts e restaurantes montados. Essa união dos órgãos todos reunidos aqui neste evento revelam a dimensão do problema. Não existe uma política de atração de investidores. São mais de 100 empresas nos últimos dois anos que foram embora para a Bahia e Alagoas, porque lá os tributos são menores e o Estado ajuda dando condições e incentivos”.
Orla e Caueira
O presidente do Creci falou também da condição em que se encontra a Orla de Aracaju. “Nem aquela Orla, a mais bonita do Brasil, estão mantendo. Nem o que fizeram estão mantendo. Como sergipanos ficamos tristes com esta realidade. O problema do turismo e do setor imobiliário é crítico. No caso da Caueira, por exemplo, aquele loteamento existe há uns 30 anos, aprovado e registrado pelo próprio Governo, que fez serviços de calçamento e drenagem. E agora vão derrubar as casas? Isso não tem lógica alguma! É preciso discutir e tentar resolver da melhor maneira possível!”.
Fonte: Alese
Foto: Jadílson Simões
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