O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, pediu nesta sexta-feira, 24, pela manhã, demissão do Governo Bolsonaro. A decisão teve como principal motivo a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, que foi indicado para o cargo por Moro.
Em seu discurso Moro falou ao presidente que a saída do diretor seria uma interferência política na Polícia Federal. E o presidente afirmou a Moro “que seria mesmo”.
Moro também disse que não exonerou o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. E se queixou de que quando foi convidado pelo presidente para o cargo teria carta branca para nomear os assessores.
Vários políticos e instituições se manifestaram sobre a saída de Moro. Confira abaixo algumas delas.
Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde
“O trabalho realizado sempre foi técnico. Durante a epidemia trabalhamos mais próximos, sempre pensando no bem comum. Parabéns pelo trabalho Ministro @SF_Moro. O país agradece! Outras lutas virão!”
Alessandro Vieira, Senador (Cidadania)
“Os canalhas precisam entender, de uma vez por todas, que existem no Brasil homens e mulheres que não se vendem e nem abaixam a cabeça para os poderosos de plantão. Toda a solidariedade ao cidadão Sergio Moro e à equipe do MJSP, em especial da PF. Força e Honra”
Rogério Carvalho, Senador (PT)
“Moro não tem nenhuma credibilidade p/ fazer acusações. Negociou e usou criminosamente das instituições p/ perseguição política. Agora, o foco está em preservar e fortalecer a democracia assim como fizemos nos governos do PT. Moro atira p/ se manter no jogo político onde sempre esteve”
Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro
“Assisto com tristeza ao pedido de demissão do meu ex-colega, o Juiz Federal Sergio Moro, cujos princípios adotamos em nossa vida profissional com uma missão: o combate ao crime. Ficaria honrado com sua presença em meu governo porque aqui, vossa excelência, tem carta branca sempre”
Camilo Santana, governador do Ceará
“Mais grave que a mudança no Min da Justiça, são os fatores alegados pelo ministro para essa mudança. Órgãos de controle e investigação como a Polícia Federal, devem estar blindados de interferências políticas e atuar sempre com autonomia e isenção, imprescindíveis numa democracia”
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência-Brasil
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