Janguiê Diniz  (*)

Como seres humanos, somos biologicamente programados para nos conectarmos. Essa conexão é uma parte essencial de nossa natureza evolutiva. Saber como se relacionar e realizar conexões sociais de forma correta e proveitosa é o que se pode chamar de inteligência social.

Há uma distinção importante dentro do conceito de inteligência social. O autor Daniel Goleman o divide em duas habilidades principais: consciência social e aptidão social. A consciência social abrange uma gama de sentimentos que fluem instantaneamente para compreender o estado interno de outra pessoa, assimilando seus sentimentos e pensamentos para uma compreensão profunda de situações sociais complicadas. Segundo Goleman, a consciência social não é capaz, por si só, de gerar interações frutíferas, sendo esta tarefa delegada à aptidão social, baseada em uma série de fatores. Assim, a consciência e a aptidão sociais são as chaves para promover de forma ideal as relações sociais e, portanto, colocar em prática a inteligência social.

A inteligência social também desempenha papel fundamental nas relações de trabalho, conhecido como networking. Trata-se da construção de uma rede de contatos profissionais que cada indivíduo desenvolve ao longo de sua jornada acadêmica e profissional, seja no contexto do trabalho assalariado, seja no empreendedorismo.

Desde os primórdios da civilização humana, os seres humanos têm sido uma espécie social, dependendo da cooperação e do apoio mútuo para sobreviver e prosperar. Seja por fatores neurológicos ou sociais, aprendemos que, ao compreender o outro, podemos formar a comunhão necessária para alcançar o bem, a justiça e o correto, impactando áreas como liderança, saúde, educação e justiça social, fundamentais para o desenvolvimento da sociedade.

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(*) É fundador e presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional, fundador da JD Business Academy, presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo.