Segundo dados do Ministério da Saúde, até a última quarta-feira, 27, o Brasil tinha 978 casos de varíola do macaco confirmados. Para a senadora por Sergipe Maria do Carmo Alves (PP), a crescente circulação da doença no País deve manter em alerta autoridades de saúde municipais, estaduais e federais, além de ser um sinal para que os brasileiros sigam ações de prevenção recomendadas pela Organização Mundial da Saúde – OMS. “Medidas preventivas são essenciais neste momento em que o vírus causador dessa patologia começa a circular. Não se trata de disseminar pânico. É que não podemos, de forma alguma, baixar a guarda”, enfatizou ela.

A parlamentar lembrou que a varíola do macaco, causada pelo vírus hMPXV (Human Monkeypox Virus, na sigla em inglês), foi classificada como uma emergência de saúde pública de interesse internacional pela OMS no último sábado, 23, e que, portanto, não deve ser subestimada em momento algum. “Segundo especialistas em saúde, a principal forma de transmissão da doença é através do contato com uma pessoa infectada e com lesões na pele. Por isso, as recomendações para evitar contraí-la envolve não ter contato com pessoas infectadas ou suspeitas, não compartilhar itens com pessoas infectadas e higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel. São ações simples, mas efetivas”, explicou Maria.

A senadora destacou que embora não haja confirmação da presença do vírus em Sergipe, não é improvável que ele chegue ao Estado, que, de acordo com os últimos dados do Ministério da Saúde, possui dois casos suspeitos em investigação. “As vacinas contra a varíola do macaco ainda não estão disponíveis no Brasil, então o que nos resta, neste momento, é a prevenção. Considerar o fato de que não há casos confirmados em Sergipe como motivo para a despreocupação completa é uma armadilha. Não devemos cair nela”, disse a parlamentar, ressaltando que a unidade federativa recebe pessoas de todos os lugares do País.

Maria do Carmo Alves afirmou que os sintomas da doença não costumam ser graves, apontando, ainda, que não há registro de mortes no Brasil. No entanto, ela alertou para o fato de que há grupos mais vulneráveis à varíola do macaco: “Pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, linfoma, metástase e leucemia, bem como transplantados, aquelas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade, correm maior risco à doença. Nesses casos, os cuidados devem ser mais do que redobrados”.

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Fonte: Assessoria Parlamentar

Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado