Com a reforma tributária prestes a entrar na pauta de discussão do Congresso, a senadora Maria do Carmo Alves (DEM) defendeu que a proposta traga ações diferenciadas para as micro e pequenas empresas, líderes na geração de emprego no Brasil. “Se não for possível reduzir a carga tributária, pode-se pensar na simplificação de tributos. O que não podemos é deixar como está, pois o peso é muito grande e tem impacto direto no campo socioeconômico”, disse.

Relatório elaborado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae – com base nos dados de janeiro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged – mostra que em janeiro os micro e pequenos empresários foram responsáveis por cerca de 75% dos empregos registrados no mês. “Isso é muito significativo para a economia do país. Porém, esses dois setores são extremamente maltratados no que diz respeito à tributação, o que dificulta a concorrência de mercado”, disse.

Os pequenos negócios apresentaram, nos últimos seis meses, um saldo total de 1,1 milhão de novos empregos, contra 385,5 mil novos postos de trabalho criados pelos médios e grandes, no mesmo período.  Comparando-se com janeiro de 2020, no caso das micro e pequenos empreendimentos, o resultado representa quase o dobro do número de empregados no mesmo mês do ano passado.

De acordo com os dados, este é o sétimo mês consecutivo em que os pequenos negócios lideraram a geração de postos de trabalho no país. “Esses segmentos sofreram muito mais neste período de pandemia. Não dá para tratar diferentes de forma igual. A métrica tributária não pode ser a mesma para grandes e pequenos. É preciso discutirmos alternativas para mudarmos isso”, defendeu Maria do Carmo.  

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Fonte: Assessoria Parlamentar

Foto: Assessoria Parlamentar