Levantamento feito pelo Lagom Data, a pedido do jornal El País, mostra que, no Brasil, o número de mortes entre trabalhadores formais aumentou em 60%, entre janeiro e fevereiro de 2021, comparando-se com o mesmo período no ano passado. O estudo teve como base dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged –, ligado ao Ministério da Economia. Os mais afetados são frentistas, operadores de caixa, motoristas de ônibus e vigilantes.
“Essas mortes podem estar relacionadas à Covid-19 e ao caos provocado por ela na saúde pública”, alertou a senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE), ao apelar para que esses trabalhadores sejam incluídos na lista de prioridade no processo de imunização contra o Coronavírus. “Motoristas de caminhão, faxineiros, vendedores, porteiros e muitos outros trabalhadores terceirizados se colocam em risco todos os dias e ficam expostos, em contato com o público e, possivelmente, com o vírus. Temos que pensar nisso, também, na hora de dizer quem são os grupos prioritários de vacinação”, disse Maria.
Segundo a senadora, um dos ensinamentos deixado por outras pandemias é a respeito dos “excessos de mortes”. “Isso acontece quando mesmo que uma pessoa não morra por conta da doença que se alastra pelo mundo, ela pode morrer por outras complicações em decorrência dela, como por exemplo, a falta de leitos em UTI ou de vagas em hospitais”, argumentou, ao revelar a sua preocupação com a falta de imunizantes, principalmente, no que se refere à segunda dose.
“Muitos Municípios do nosso País enfrentam dificuldades com o estoque de imunizantes e, por conta disso, estão cancelando ou refazendo o calendário de imunização. O prejuízo gerado é grande, já que existem prazos comprovados cientificamente que precisam ser seguidos entre uma dose e outra”, destacou.
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Fonte: Assessoria Parlamentar
Foto: Assessoria Parlamentar
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