Milhares de estudantes de todo o País aguardam ansiosamente a divulgação da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), prevista para acontecer no dia 11 de fevereiro de 2022. A data foi confirmada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep –, responsável pela realização do exame.
Reconhecido por ser uma das principais portas de entrada para o Ensino Superior do Brasil, o Enem permite o aproveitamento da nota em diferentes modalidades para o início da vida universitária em âmbito nacional ou internacional. Confira abaixo algumas alternativas:
Sistema de Seleção Unificada – SiSU
O SiSU é um programa do Ministério da Educação que oferece vagas em universidades públicas por meio da análise das notas do exame. Os candidatos podem participar gratuitamente e a seleção acontece duas vezes por ano.
O SiSU é destinado a todos os estudantes que tenham feito o Enem do ano anterior, contanto que não tenham zerado a nota da redação. Em 2021, o programa passou a disponibilizar vagas para cursos à distância.
Para o gerente de Inteligência Educacional e Avaliações do Poliedro, Fernando Santo, a participação no programa traz inúmeros benefícios ao candidato. “O estudante tem a possibilidade de participar de diversos processos seletivos sem a necessidade de realizar novas provas; a chance de, por até três dias, verificar o andamento de sua nota para conferir se há probabilidade de admissão no curso, e escolher outro, caso esteja com receio, além da facilidade de concluir seu processo de inscrição totalmente virtual e simplificado, evitando burocracias. Outro ponto positivo é a valorização do sistema de cotas raciais, com vagas que variam de acordo com a instituição”, explica.
2. Fundo de Financiamento Estudantil – Fies – e Programa de Financiamento Estudantil – P-Fies
Com o resultado do Enem, o estudante pode participar do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) ou do Programa de Financiamento Estudantil – P-Fies –, que possibilita o financiamento para cursar instituições privadas. Neste caso, o pagamento se dá depois da conclusão da graduação e, no caso do Fies, não há o acréscimo de juros. Já no P-Fies, a taxa varia de acordo com a universidade.
Podem participar deste programa os candidatos que já tenham realizado alguma edição anterior do Enem a partir de 2010, obtido a média ou superior de 450 pontos e que não tenham zerado a redação. No caso do Fies, a renda familiar do estudante deve ser de até três salários mínimos. No P-Fies, pode variar até cinco salários mínimos.
3. Bolsas de estudos em universidades particulares
Algumas instituições de ensino privadas oferecem bolsas integrais ou concedem descontos na mensalidade do curso para quem obteve um bom desempenho na prova. Os parâmetros podem variar de acordo com cada instituição.
4. Universidades do exterior
O Enem também abre portas para estudantes que desejam ingressar em universidades do exterior. A utilização das notas do exame em instituições estrangeiras já acontece há alguns anos, mas muitos estudantes ainda não têm ciência disso. “Com exceção das instituições de ensino portuguesas, não há convênio formal entre MEC e universidades estrangeiras para o uso do exame brasileiro, mas há boas oportunidades”, afirma Fernando Santo.
Além do Brasil e de Portugal, o Enem pode compor notas para ingresso em universidades dos Estados Unidos, Canadá, França, Inglaterra, Irlanda e Escócia, entre outros países.
A complexidade do processo seletivo pode ser diferente para cada instituição. Assim como no Brasil, as universidades possuem autonomia para definir as regras de seleção e critérios diferenciados para utilização da nota do Enem. Neste sentido, a dica é pesquisar nos sites das instituições estrangeiras de interesse para conhecer as datas importantes, as documentações necessárias e as condições para participação. É comum a solicitação de certificados de proficiência na língua estrangeira, cartas de recomendação e a comprovação de participação em atividades extracurriculares ao longo da formação.
Teoria da Resposta ao Item – TRI: entenda como funciona o cálculo da nota do Enem
O cálculo da nota do Exame Nacional do Ensino Médio é diferente. A lógica é a seguinte: ter mais acertos não é certeza de se ter a maior nota, assim como ter uma quantidade de acertos abaixo do esperado não significa uma nota baixa. O que garante isso é a Teoria da Resposta ao Item – TRI –, adotada pelo Inep.
A TRI leva em consideração a coerência pedagógica dos acertos de cada aluno, ou seja, quem responder corretamente às questões fáceis, médias e difíceis, obterá maiores notas. No entanto, caso o estudante erre algumas questões fáceis, os algoritmos da TRI traduzem como uma inconsistência pedagógica e reduzem a nota do participante.
Vale destacar que, em geral, errar uma questão muito fácil subtrai uma pontuação maior do que seria possível receber ao acertar uma das questões mais difíceis da prova.
Então, é fundamental que os estudantes não percam muito tempo com questões complexas, já que serão complicadas para a grande maioria e os benefícios podem não valer o esforço. Portanto, é recomendável gastar o máximo de energia e atenção para evitar erros ou equívocos nas questões mais básicas do exame.
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Fonte: Poliedro Sistema de Ensino
Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
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