O Prêmio Criativos Escola + Natureza anuncia hoje (5), em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, os seis projetos premiados da edição de 2025. O projeto “Ecotech”, representando o bioma da Mata Atlântica, é uma das seis iniciativas premiadas na edição 2025. Desenvolvida por estudantes do 2º ano do Ensino Médio do Instituto Federal de Sergipe, de Estância (SE), a ação ganhou destaque por atuar na defesa de manguezais e as restingas em meio à crescente degradação ambiental e ao avanço das mudanças climáticas.
Sob a orientação dos professores Márcia de Jesus Santos, Ani Cleide Carregosa Santana e José Anderson Batista de Jesus, as estudantes Maria Clara Vilanova, Maria Clara Rodrigues, Julia Lima e Lavínia Costa, idealizaram um projeto multifacetado que une tecnologia, cultura e educação ambiental. Para conscientizar a população local, o grupo realizou o mapeamento de trilhas ecológicas, produziu um documentário, organizou eventos educativos, criou um aplicativo que alia as trilhas à conteúdos socioambientais e elaborou um livro de receitas tradicionais da região, valorizando ingredientes típicos e saberes ancestrais.
As ações da iniciativa tiveram um impacto direto na comunidade local, ao promover a valorização dos conhecimentos tradicionais — especialmente os das marisqueiras e dos pescadores artesanais — e fortalecer a conservação da fauna e flora da região, como o aratu, o maçunim, a ostra, o camarão e a mangaba, fruto símbolo do estado. Agora, o grupo busca ampliar seu alcance, firmando parcerias com escolas e comunidades tradicionais, com o objetivo de estimular a troca de saberes, o sentimento de pertencimento dos estudantes e a geração de renda por meio da educação ambiental.

“As escolas são espaços essenciais para essa troca, ao fortalecer a identidade dos adolescentes e contribuir para a valorização dos ecossistemas locais a partir do aprendizado ao ar livre. As ações do Ecotech têm grande capacidade de serem replicadas em outros territórios. Esperamos que essa iniciativa inspire outros estudantes a se tornarem protagonistas em suas comunidades”, afirma Márcia de Jesus Santos, uma das educadoras responsáveis pela orientação da iniciativa.
Além desse projeto, a premiação também reconheceu mais cinco iniciativas: “O diálogo com a natureza: Povos indígenas da Amazônia e a sustentabilidade”, vencedora da Amazônia; “Filtropinha: dos resíduos aos recursos”, vencedora da Caatinga; “Protótipo de Sistema de Reúso de Água na promoção da sustentabilidade e o uso responsável dos recursos naturais”, vencedora do Cerrado; “Colocar o coração no ritmo da Terra: reflorestando mentes e corações”, vencedora do Pampa; e “Queimadas no Pantanal”, vencedora do Pantanal.
Um dos grandes destaques desta edição do Prêmio Criativos Escola + Natureza é que os projetos vencedores não apenas receberão reconhecimento nacional mas, também, viverão uma experiência inédita de participação em evento de incidência política na agenda ambiental: até três estudantes de cada grupo premiado e um educador participarão de atividades relacionadas à COP30 e podem, ainda, participar de uma experiência a ser realizada em parceria com Greenpeace Brasil. O grupo receberá um prêmio de R$ 12 mil — sendo R$ 10 mil para a continuidade do projeto e R$ 2 mil para o educador responsável.
“A participação de crianças e adolescentes no Prêmio Criativos Escola + Natureza mostra as soluções propostas por quem está nas escolas, nos territórios e vive, na pele, os impactos das mudanças ambientais. Ao fortalecer projetos criativos e profundamente conectados com as realidades locais, o prêmio reconhece não só soluções para os desafios do presente, mas também formas de garantir um futuro com mais empatia e respeito à natureza. É fundamental dar visibilidade ao protagonismo estudantil porque é com a força da escuta, da colaboração e da imaginação que transformações reais começam a acontecer”, diz Ana Claudia Leite, especialista em educação e culturas infantis do Instituto Alana.
Esta edição recebeu 1.593 inscrições, engajando mais de 60 mil estudantes e 5.300 educadores de 738 municípios brasileiros. Entre os projetos inscritos, 468 incluíram estudantes com deficiência, e mais de 90% das propostas vieram de escolas públicas — com forte presença de instituições estaduais (51%) e municipais (33,2%). Escolas federais, privadas e organizações da sociedade civil também marcaram presença na premiação.
Sobre o Alana
O Alana é um ecossistema de organizações de impacto socioambiental que promove e inspira um mundo melhor para as crianças. Um mundo sustentável, justo, inclusivo, igualitário e plural. Um mundo que celebra e protege a democracia, a justiça social, os direitos humanos e das crianças com prioridade absoluta. Um mundo que cuida dos seus povos, de suas florestas, dos seus mares, do seu ar. O Alana é um ecossistema de organizações interligadas, interdependentes, de atuação convergente, orientadas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. O encontro de um Instituto, uma Fundação e um Núcleo de Negócios de Entretenimento de Impacto. Um combinado único de educação, ciência, entretenimento e advocacy que mistura sonho e realidade, pesquisa e cultura pop, justiça e desenvolvimento, articulação e diálogo, incidência política e histórias bem contadas.
———————-
Fonte: Ascom/Alana
Deixar Um Comentário