Por Sueli Carvalho

Lançado na terça-feira, 13 de novembro, o Centro Nacional de Mídias da Educação – CNME – é um projeto realizado para fazer com que a educação ganhe mais um recurso e o professor tenha mais um instrumento de trabalho para utilizar em sala de aula.

Localizado no Estado de Manaus, o Centro conta com 12 profissionais que foram capacitados para realizar essas aulas. Entre os selecionados está o sergipano Fabiano Oliveira, professor do Colégio Estadual Dom Luciano José Cabral Duarte. Segundo ele, não se trata de aula à distância, mas de um recurso a mais. “Nós oferecemos aqui temas de trabalho e tecnologia que podem influenciar o aluno em suas profissões”, destaca.

Fabiano: “participar do projeto do Centro Nacional de Mídias da Educação foi uma oportunidade de levar o sotaque sergipano para ecoar pelo País”     Fotos: Arquivo Pessoal

Fabiano Oliveira foi selecionado pelo Ministério da Educação – MEC – e pela Secretaria de Estado da Educação – Seed – para representar Sergipe no projeto. O professor Fabiano destaca que o interessante neste projeto é o formato, que permite trabalhar com a diversidade cultural dos diversos Estados presentes na iniciativa, ao mesmo tempo em que possibilita levar o sotaque sergipano para ecoar pelo País.

“Trata-se de um projeto rico, que favorece a interação e principalmente o uso daquilo que o jovem mais utiliza no dia a dia, que é a internet. Basta baixar o aplicativo ‘mano’ e interagir com outras pessoas, outras escolas e com professores. É a tecnologia a favor da transformação e da educação”, avalia.

Número de escolas

Neste ano são 150 escolas participantes e a previsão para 2019 é que sejam 500 instituições educacionais beneficiadas com o projeto. “Será um menu a mais para que o professor possa desenvolver as suas atividades ligadas à tecnologia e ao mundo do trabalho”.

Fabiano Oliveira realizado por participar do projeto juntamente com professores de outras regiões do Brasil

De acordo com o Fabiano Oliveira, a proposta do Centro é tornar o aluno cada vez mais crítico, fazendo com que ele interaja não só com o professor em sala de aula, mas também com aquele que está no estúdio do Centro Nacional de Mídias da Educação.

O projeto possibilita ainda a interação entre os alunos de diferentes Estados. “É muito interessante ver um aluno do Amazonas interagir com um aluno de Sergipe”, ressalta. Segundo Fabiano, há sete escolas que fazem parte do projeto, inclusive o Dom Luciano, colégio onde ele leciona em Aracaju.

Parceria

O Centro Nacional de Mídias da Educação é uma iniciativa do MEC e conta com a parceria da Fundação Roberto Marinho e a TV Escola.

Equipe do Centro Nacional de Mídias da Educação comemora o lançamento

A capacitação dos professores que participam do projeto foi toda feita em Manaus, com uma equipe multidisciplinar composta por fonoaudióloga, aulas de interpretação corporal, além do trabalho com as câmeras.

“É importante salientar que a gente sente como se estivesse em sala de aula. As lentes das câmeras é como se fosse o olho do aluno que está do outro lado interagindo com a gente.

Temos três interações – a com o professor em sala de aula, aquela com o professor que está no estúdio, e a interação entre alunos”, enfatiza.

Continuidade

Segundo Fabiano Oliveira, a proposta do MEC é alavancar ainda mais o projeto lançado oficialmente na terça-feira, 13, para todo Brasil. Há a pretensão também de expandir o alcance para outros países de língua portuguesa.

Além disso, a proposta do projeto é que cada Secretaria de Educação possa implantar o seu próprio estúdio. Fabiano Oliveira voltará para Sergipe com o objetivo de capacitar outros professores na área de mídias e tecnologias, o que vai ampliar ainda mais a força do projeto.

Carreira

Para Fabiano Oliveira, participar de um projeto foi muito importante para a sua carreira. “Eu já trabalhava com arte, com tecnologia, com a interdisciplinaridade, e agora passo a ter também um recurso maior, que é o da televisão na apresentação de aula, que para mim é muito importante”, afirma.

Ele destaca ainda o fato de ser capacitado pelo MEC. “Levar essa marca não tem preço, é algo importante e que vai reforçar ainda mais a minha carreira”, diz.

O professor, sergipano de Lagarto, já teve reportagem sobre o seu trabalho exibida no programa Como Será? da Rede Globo, e matérias publicadas em diversos sites nacionais, estando entre os mais criativos do País, segundo o site Ultra Curiosos. Além disso, ganhou em 2017, o Prêmio Professores do Brasil/Sergipe e foi Destaque do Prêmio em 2018.

Segundo Fabiano, depois do tempo que passou no projeto ele está pronto para enfrentar novos desafios.