Os procuradores da República Lívia Tinôco e Ramiro Rockenbach receberam, nessa quinta-feira, 11, o título de Cidadão Sergipano. A homenagem ocorreu em solenidade na Assembleia Legislativa de Sergipe – Alese – e foi aberta por uma apresentação do Samba de Côco da Comunidade Mocambo, em Porto da Folha.
Compareceram ao evento, além de autoridades civis e militares, representantes de comunidades indígenas e quilombolas, de movimentos sociais em favor da moradia e de defesa dos direitos das pessoas com deficiência.
A deputada Ana Lula, que propôs a homenagem, destacou o engajamento dos membros do Ministério Público nas causas em que se envolvem. “Quem acompanha minimamente a atuação destes dois procuradores, sabe que não são afeitos à atuação meramente burocrática, sob o ar-condicionado dos gabinetes. Eles não se furtam de ir a campo, conhecer a realidade daqueles que cobram medidas do MPF, de verificar in loco o que consta muitas vezes em relatórios”, apontou a deputada.
Ana Lula lembrou da defesa de Lívia Tinôco dos direitos das comunidades indígenas e quilombolas, além do trabalho pela preservação do Rio São Francisco. Do trabalho de Ramiro Rockenbach, apontou atuação nas causas da educação e de garantia de moradia para trabalhadores sem teto.
Em um discurso emocionado, Lívia Tinôco enfatizou seus laços com Sergipe e os saberes das comunidades tradicionais do Estado. “São quase dez anos que vivo aqui em Sergipe e nesse relacionamento, sem dúvida alguma eu fui a mais beneficiada. Como agradecer o que aprendi com as comunidades quilombolas, as comunidades indígenas, as comunidades ribeirinhas, as catadoras de mangaba e de tantos povoados presentes nos municípios do Estado de Sergipe? Com eles aprendi sobre a cultura, sobre a conservação da natureza, sobre respeito à ancestralidade e sobre a capacidade humana de pensar e agir de um modo menos individual e mais coletivo”, destacou.
Ramiro Rockenbach destacou a herança dos povos presentes no plenário. “Nós do MPF estamos muito orgulhosos de estarmos aqui com todas essas pessoas que representam as minorias aqui nesse plenário, minorias essas que seriam maiorias em número se não fossem os grandes equívocos que ocorreram no passado e que em grande medida ainda ocorrem e que nós trabalhamos intensamente para que não ocorram mais”, reconheceu. “O mínimo que podemos fazer é nos dedicarmos às nossas lutas, às nossas batalhas”, enfatizou.
Fonte: MPF/SE
Fotos: Jadilson Simões /Alese
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