Nesta terça-feira, 27, o governador de Sergipe, Jackson Barreto, a bancada federal de Sergipe e políticos da Bahia estiveram reunidos com o presidente da Petrobras, Pedro Parente, para discutir saídas que viabilizem a manutenção da unidade da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados – Fafen – no Estado.
Durante a reunião ficou definido que os Estados de Sergipe e da Bahia terão 120 dias para apresentarem proposições para manutenção da Fafen. O pedido foi feito pelo governador Jackson Barreto e atendido pelo presidente da Petrobras.
Pedro Parente aceitou a proposta do governador Jackson Barreto de ter 120 dias, a partir de 30 de junho, para estudar alternativas para o funcionamento da unidade e explicou que o processo de hibernação das unidades da Fafen em Sergipe e na Bahia faz parte do plano de medidas de contenção de despesas da empresa, anunciado em 2016.
“Não podemos subsidiar, mas estamos dispostos a conversar. Sabemos que temos que cumprir nossa responsabilidade social. No entanto, essa responsabilidade social não pode imprimir prejuízo à empresa. Atendendo a solicitação do governador de Sergipe, daremos 120 dias a partir de 30 de junho para que os Estados e a indústria se engajem para encontrar soluções”, diz.
Jackson explicou que o prejuízo apresentado pela Petrobras, responsável pelo gerenciamento da Fafen, no valor de R$ 600 milhões inclui a taxa de impostos de gás, energia elétrica e água. O governador propôs debater a carga tributária, juntamente com o Governo da Bahia, para tornar a atividade fabril viável. A discussão envolve o Estado da Bahia já que a medida da Petrobras atinge também a unidade industrial de Camaçari.
“Nós sabemos que o que mais incide na Fafen é o preço do gás, que é de responsabilidade da Petrobras, que cobra um preço exorbitante. Vamos discutir o preço do gás natural, a tarifa de energia elétrica, a tarifa de água. Faço um apelo para que possamos rediscutir esse caminho com a bancada, com os representantes da Bahia. Quando se fala em R$ 600 milhões de prejuízo, na verdade não chega a R$ 200 milhões porque nesse valor se inclui até ações judiciais. A Petrobras e a Fafen têm compromisso social. Eu não quero nunca que a Fafen seja prejuízo, quero que ela seja importante para Laranjeiras, para Sergipe e para a Petrobras, mas sabemos que hibernar significa sucatear”, declarou, lembrando que, em Laranjeiras, a fábrica gera 272 empregos diretos e mantém uma cadeia de misturadoras e serviços”, ressalta Jackson Barreto.
O vice-governador da Bahia, João Felipe de Souza Leão concorda com Jackson sobre o sucateamento da unidade em caso de hibernação. “Se o senhor fizer a hibernação dessa fábrica, aquilo vai virar sucata e vai acontecer rápido. Porque todos os produtos da Fafen são altamente oxidantes, se levarmos seis meses com a fábrica fechada, vira sucata. Estudemos mais esse caso, vamos dialogar, e colocar as fábricas para dar rentabilidade. Precisamos alavancar o País. O caminho para a Fafen de Sergipe e da Bahia não é matar as duas fábricas. O caminho é restaurar, procurar administrar com capacidade administrativa. O Governo da Bahia está unido com o de Sergipe para viabilizar o não fechamento da fábrica”, afirmou.
* Com informações da Agência Sergipe de Notícias
Foto: Roque Sá
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