Pesquisa CNI/Ibope Retratos da Sociedade Brasileira divulgada nesta terça-feira, 13, pela Confederação Nacional da Indústria – CNI – diz que entre os brasileiros, 44% se dizem pessimistas em relação à eleição presidencial de 2018. Os que se dizem otimistas são 20%.

Entre os pessimistas, os motivos mais citados em respostas espontâneas são a corrupção (30%), a falta de confiança no Governo e candidatos (19%) e a falta de opção entre os pré-candidatos (16%).

De acordo com o levantamento, que ouviu cerca de duas mil pessoas em 127 municípios brasileiros, entre os dias 7 e 10 de dezembro do ano passado, revela ainda que entre os que se dizem otimistas, o motivo mais citado espontaneamente é a expectativa por mudança e renovação (32%). Os brasileiros também mencionaram a esperança no voto e na participação popular (19%), o sentimento de que se espera melhorias de forma geral (11%) e melhorias econômicas (9%).

Quando estimulados a escolher entre mudanças sociais (com melhoria da saúde, educação, segurança e desigualdade social), a moralização administrativa (com combate à corrupção e punição de corruptos) e a estabilização da economia (com queda definitiva do custo de vida e do desemprego), 44% dos brasileiros preferem as mudanças sociais e 32% escolhem a moralização administrativa como principal foco do próximo presidente.

Simpatia

Entre os eleitores, 84% concordam totalmente ou em parte que estudam as propostas dos candidatos para decidir o voto. Apesar disso, 75% dos brasileiros afirmam não acreditar em promessas de campanha dos candidatos.

Praticamente metade da população (48%) não manifesta preferência ou simpatia por nenhum partido específico e 72% concordam totalmente ou em parte que votam no candidato que gostam, independentemente do partido em que ele esteja.

Ainda, 36% afirmam votar para deputado e senador em pessoas do mesmo partido do candidato à presidência. Apesar disso, 64% concordam que o partido do candidato à presidência é importante.

Experiência

Entre as características mais mencionadas como muito importantes para um candidato à Presidência da República, se destacam: ser honesto, não mentir em campanha (87%), nunca ter se envolvido em casos de corrupção (84%) e transmitir confiança (82%).

Pertencer à mesma religião do eleitor aparece como o fator menos citado como muito importante (29%), apesar de 79% dos entrevistados concordarem total ou parcialmente que é importante que um candidato à presidência acredite em Deus.

Quanto a conhecimentos, formação e experiência dos postulantes ao palácio do planalto, 89% consideram muito importante que eles conheçam os problemas do país. Ter experiência com assuntos econômicos (77%) e ter uma boa formação educacional (74%) também estão entre os fatores mais avaliados como muito importantes.

Expectativas

Conforme a Pesquisa, corrupção, falta de confiança no Governo e nos candidatos e falta de opção entre os pré-candidatos estão entre os fatores que tornam 44% dos brasileiros pessimistas ou muito pessimistas em relação às eleições presidenciais de 2018.

Já entre os 20% que se dizem otimistas ou muito otimistas, destacam-se entre os motivos mais mencionados espontaneamente: a expectativa de mudança e renovação e a esperança no voto e na participação popular.

Falta de simpatia

Entre os eleitores brasileiros, 48% não têm preferência ou simpatia por nenhum partido político. O partido que apresenta maior percentual de apoiadores é o PT, que conta com a simpatia ou preferência de 19% dos brasileiros. O MDB e o PSDB aparecem com 7% e 6% de apoiadores, respectivamente.

Os jovens se mostram mais propensos a declarar simpatia ou preferência partidária do que os mais velhos. Entre os que possuem 55 anos ou mais, 59% declaram não ter preferência ou simpatia por nenhum partido, percentual que chega a 40% entre os que têm de 16 a 24 anos.

Características

Para os brasileiros, a honestidade dos candidatos à presidência se destaca como a característica pessoal mais considerada como muito importante, uma vez que “ser honesto, não mentir em campanha” foi considerado muito importante por 87% dos entrevistados. Nunca ter se envolvido em casos de corrupção foi considerado muito importante por 84%.

O segundo grupo de características pessoais mais apontadas como muito importantes em um candidato à Presidência da República é relacionado à postura dos candidatos.

Transmitir confiança, ter pulso firme, ser decidido e ser sério, ter postura de presidente foram características consideradas muito importantes por 82%, 78% e 76% dos brasileiros, respectivamente.

Ser corajoso e ser uma pessoa simples, gente como a gente também foram consideradas características pessoais muito importantes por mais de sete em cada dez brasileiros. Já as características pessoais menos avaliadas como muito importantes pela população foram ter pouca exposição da vida pessoal (40%) e ser da sua religião (29%).

Mudanças sociais

Na escolha entre mudanças sociais, com melhoria da saúde, educação, segurança e desigualdade social, estabilização da economia, com queda definitiva do custo de vida e do desemprego, e moralização administrativa, com combate à corrupção e punição dos corruptos, 44% dos brasileiros preferem que o foco do futuro presidente seja promover mudanças sociais.

A moralização administrativa é citada por 32% dos entrevistados e a estabilização da economia obtém 21% de citações.

Entre as mulheres, 50% elegem as mudanças sociais como prioridade para o futuro presidente, percentual que cai a 39% entre os homens. Eles, por outro lado, priorizam a moralidade administrativa mais do que elas: 38% contra 27%.

Entre os brasileiros com renda familiar de até um salário mínimo, 48% avaliam que a prioridade do novo presidente deve ser mudanças sociais, percentual que cai com o aumento da renda e passa a 39% dos que possuem da familiar de mais de cinco salários mínimos.

* Com informações da CNI

Foto: CNI