Nesta segunda-feira, 28, a greve nacional dos caminhoneiros chega ao 8º dia. A paralisação permanece e nem mesmo as medidas anunciadas pelo Governo Federal fez a categoria recuar.

Entre as medidas anunciadas em pronunciamento pelo presidente da República, Michel Temer, ontem à noite, está à redução do preço do óleo diesel para R$ 0,46 por litro nas bombas por 60 dias e também a isenção da cobrança de pedágio para os caminhões que circulam com eixo suspenso em todo o Brasil. Outra decisão foi a de que a Companhia Nacional de Abastecimento – Conab – poderá contratar caminhoneiros autônomos para atender até 30% da demanda de frete. Para tanto, o governo vai editar uma medida provisória no prazo de 15 dias.

Além disso, não vai haver reoneração da folha de pagamento do setor, o frete mínimo rodoviário também será estabelecido, a alíquota do Cide sobre o diesel vai ser zerada, as ações judiciais contra o movimento vão ser extintas e as multas aplicadas aos caminhoneiros serão negociadas com os órgãos de trânsito. A Petrobras também vai incentivar que empresas contratadas para transporte deem oportunidade aos caminhoneiros autônomos, como terceirizados, nas operações de transporte de carga.

A Associação Brasileira dos Caminhoneiros – Abcam – assinou no domingo, 27, o acordo com o Governo para encerrar às paralisações dos caminhoneiros autônomos. De acordo com nota emitida pela entidade, “a categoria conseguiu ser atendida em diversas reivindicações, dentre elas o subsídio, pelo Governo Federal, do valor referente ao que seria a retirada do PIS, Cofins e Cide sobre o óleo diesel. A medida permitirá a redução de R$0,46 no preço do diesel”.

Consequências

Os caminhoneiros ainda continuam protestando em 25 Estados e no Distrito Federal. Há muitos pontos de bloqueios nas rodovias federais e estaduais. As filas nos postos de combustíveis permanecem quilométricas e diversos serviços já foram afetados, a exemplo de transporte, coleta de lixo, escolas e universidades, voos, hospitais, centrais de abastecimento, feiras e supermercados, entre tantos outros.