A expectativa é de que 113,2 milhões realizem gastos na data; 86% farão pesquisa de preços e 41% acreditam que produtos estão mais caros este ano. Gasto médio das compras será de R$ 196

A Páscoa já faz parte do calendário da maioria dos brasileiros e promete movimentar o comércio no segundo trimestre. Um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas – CNDL – e pelo Serviço de Proteção ao Crédito – SPC Brasil – em todas as capitais do país aponta que sete em cada dez (72%) consumidores pretendem ir às compras no período. Desses, 35% disseram que vão desembolsar a mesma quantia do ano passado, 32% devem gastar mais e 25% menos. O valor do tíquete médio será de R$195,52.

Para os que esperam ter um aumento de gastos este ano, a principal justificativa está relacionada à intenção de compras de um volume maior de produtos (41%). Outros 25% atribuem ao fato de os itens estarem mais caros e 19% afirmam que os itens estão com bom preço e, portanto, aproveitarão a oportunidade.

A sondagem também mostra que 43% dos consumidores irão adquirir a mesma quantidade de produtos da Páscoa de 2018, 41% desejam comprar mais e 11% menos. Em média, a expectativa é de que os consumidores comprem seis produtos. Os principais presenteados serão os filhos (59%), os cônjuges (42%), a mãe (41%) e os sobrinhos (33%). Já 27% vão presentear a si próprios.

“Mesmo que a economia venha se recuperando de forma mais lenta do que o esperado, as vendas nesta Páscoa podem aquecer o varejo. Esse é o momento de o setor investir em promoções para atrair os consumidores, de olho naqueles que pretendem comprar mais e, sobretudo, nos que ainda não se decidiram”, avalia o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

FCDL/SE

Para Edivaldo Cunha, que preside a FCDL de Sergipe, apesar de ser segmentada, a páscoa deve beneficiar diretamente supermercados, grandes varejistas, lojas especializadas em chocolates, trabalhadores autônomos que produzem chocolates artesanais.

“Também o apelo dos brasileiros para datas significantes deve aquecer o comércio ante a compra de presentes e lembranças neste período do ano”, certifica-se.

Este ano, estima-se que cerca de 113, 2 milhões de pessoas gastem com a compra de presentes e chocolates durante a Páscoa. Um comportamento observado pela pesquisa revela que o brasileiro busca manter alguns hábitos de consumo adquiridos durante a crise. A maioria (86%) dos consumidores disse que pretende pesquisar preços antes de levar os ovos ou demais produtos para casa, sendo que os locais preferidos para fazer essa comparação são supermercados (73%), internet (48%) e lojas em shoppings (40%).

Amigo-secreto na Páscoa

Em relação ao período de compras, metade (49%) dos entrevistados mencionou que pretende fazê-las na semana anterior à Páscoa, enquanto 36% já terão adquirido ovos ou chocolates até a segunda semana de abril. Em relação ao local de celebração, observa-se a tradição familiar, já que 51% vão passar o domingo de Páscoa em casa.

Quanto às guloseimas mais cobiçadas, os ovos de chocolate continuam conquistando a preferência dos consumidores. Oito em cada dez (79%) entrevistados manterão a tradição de comprar o produto. Chama a atenção a preferência por bombons e barras de chocolate, com percentual que chega bem próximo ao dos que optaram pelos ovos de Páscoa (71%).

Além disso, o mercado artesanal de ovos e outros produtos de chocolate também divide as atenções do brasileiro, ao oferecer atributos como a personalização e até preços mais competitivos, em comparação às marcas tradicionais.

Uma prática que vem se tornando comum é o “amigo-chocolate”. Este ano, quatro em cada dez (40%) pessoas ouvidas pretendem participar — um aumento de 10 p. p. em relação a 2018. Para 73%, a brincadeira será feita com familiares, 51% com amigos e 26% com colegas de trabalho. Em média, os entrevistados esperam fazer parte de três brincadeiras, sendo que a maior parte vai participar de duas (30%). O gasto médio por pessoa será de R$ 46,80.

 

Fonte: Ascom CNDL, com Ascom FCDL/SE