O empreendedorismo já é uma realidade para mais de 10 milhões de mulheres brasileiras. O que significa mais de 40% do total de trabalhadores autônomos em nosso país. Contudo, apesar da porcentagem expressiva, elas enfrentam barreiras para formalizar suas atividades, alcançar melhores condições de trabalho e, principalmente, alavancar melhores remunerações.
Por que as brasileiras empreendem?
O caminho que leva cada mulher ao empreendedorismo é quase individual. Pode vir de um sonho, de uma necessidade, mas alguns motivos são mais comuns, como:
Independência e Flexibilidade: muitas encontram no trabalho autônomo a direção para sua independência financeira e uma flexibilidade de horários mais saudável, que as permitam equilibrar a vida pessoal e profissional.
Complementar renda: ainda que trabalhem como CLTs, algumas escolhem empreender para obter uma renda extra.
Alternativa ao desemprego: algumas mulheres relatam que a falta de oportunidades de carteira assinada, as levaram a optar por trabalhar por conta própria para manter suas casas e necessidades.
Realização pessoal: o sonho de ter seus próprios negócios é uma realidade para muitas empreendedoras. Muitas buscam o reconhecimento nas áreas que mais gostam.
Oportunidades de mercados: ao notarem lacunas ou necessidades ainda desconsideradas pelo mercado, essas empreendedoras abrem suas empresas para preencher gaps e alcançar bons resultados.
De acordo com Carlos Alcarria, sócio cofundador da Cronoshare, uma plataforma de serviços para profissionais autônomos: “A maioria das profissionais registradas em nossa plataforma e que já foram entrevistadas por nosso time de Marketing responderam que a possibilidade de estabelecer os próprios horários de trabalho e escolher as melhores ofertas são os motivos que levaram a optar pelo trabalho autônomo. O setor de Serviço é permeado por empreendedoras no Brasil”.
Qual o perfil da brasileira empreendedora?
O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) oferece um relatório com um Perfil Empresarial Brasileiro. Segundo seus dados, uma visão detalhada das mulheres autônomas pode ser resumida em:
- Idade média: 41 anos.
- Idade média ao iniciar o negócio: 32 anos.
- Estado civil: Solteiras ou divorciadas.
- Renda familiar: Renda de 1 a 5 salários mínimos.
- Classe econômica: a maioria pertence às classes C, D e E.
- Escolaridade: 60% têm, no máximo, ensino médio completo.
- Responsabilidades domésticas: Seis em cada dez empreendedoras são as principais responsáveis pelo lar, enfrentando o desafio de conciliar trabalho e tarefas domésticas.
Quais são os principais desafios?
Desde 2015 faz parte dos Objetivos Sustentáveis apresentados pela Organização das Nações Unidas (ONU), a necessidade de políticas públicas que promovam um apoio ao empreendedorismo feminino. A pesquisa do SPC também destaca essa necessidade. Para que essas ações auxiliem a formalização dos negócios liderados por mulheres, facilitem o acesso a crédito e ofereçam capacitação em gestão.
O Sebrae já oferece um programa dedicado a aumentar a probabilidade de sucesso de ideias e negócios liderados por mulheres. Com o nome de Sebrae Delas, oferece qualificação, eventos e conteúdo para fortalecer a cultura empreendedora e driblar o principal desafio para aquelas que estão começando.
Além disso, é fundamental ter mecanismos, como as próprias plataformas de serviço que auxiliem na conciliação entre vida profissional e pessoal, permitindo que as empreendedoras desenvolvam plenamente seu potencial e contribuam de forma ainda mais significativa para a economia brasileira.
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Fonte: Ascom Cronoshare
Imagem: Freepik
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