O uso de móveis de segunda mão na decoração de bares e restaurantes tem se tornado cada vez mais uma tendência, não apenas por questões de sustentabilidade e economia, mas também pela busca por um ambiente acolhedor e autêntico. Pesquisas apontam que o mercado de usados tem previsão de crescimento de R$16,6 bilhões até 2025.
Em Curitiba (PR), esses ambientes únicos e cheios de personalidade se destacam pela sensação de familiaridade que proporcionam aos clientes. “A ideia é trazer elementos que possuam uma memória afetiva”, explica José Araújo Netto, fundador de diversos empreendimentos de sucesso na capital paranaense, entre eles a rede Porks – Porco & Chope e O Bar do Açougueiro.
Com essa abordagem inovadora, o empresário curitibano tem criado bares que se destacam pela originalidade e toque rústico. Para atingir esse objetivo, ele utiliza móveis e objetos de decoração garimpados em lojas de segunda mão, ferros-velhos e outros lugares inusitados. Entre os itens utilizados estão máquinas de costura, carretéis elétricos, tambores de óleo, cadeiras escolares, balanças, peças de trator e trem, máquinas de escrever e banheiras antigas – as preferidas dos clientes.
“A banheira se tornou um item icônico da decoração dos meus bares”, conta Netto. “Tudo começou no Porks Museu do Olho, que foi meu primeiro bar construído com móveis de demolição. O espaço logo se transformou em um ambiente instagramável, muito antes dessa palavra virar moda. Então decidi implementar a ideia em todas as outras unidades”, diz.
E a tendência vai além. A multinacional Ikea, dedicada à produção e venda a retalho de móveis, também está de olho nessa fatia importante e lucrativo de mercado. A empresa lançou o programa Buy Back, que troca móveis usados por um cartão com bônus para os clientes comprarem outros itens na loja. “É uma ação simples, mas que pode ter um grande impacto no bolso e no planeta”, reforça o empresário.
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