O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, realizou nesta quarta-feira (22) nova vistoria em áreas do litoral nordestino atingidas pela mancha de óleo. Ele sobrevoou a costa dos estados da Bahia, Sergipe e Alagoas. É a segunda inspeção feita em menos de dez dias. No dia 7, ele já tinha ido a Sergipe.
Em entrevista aos jornalistas no Comando do Distrito Naval, em Salvador (BA), o ministro garantiu que o Governo está tomando todas as medidas para a identificação, o recolhimento e a destinação correta do óleo, além das investigações para descobrir a origem do vazamento.
A operação, segundo ele, mobiliza vários órgãos do governo federal, como Ibama, Marinha, ICMBio e ANP, e mais todos os recursos disponibilizados pelos estados e municípios, além do terceiro setor.
“Estamos fazendo o monitoramento por meio de satélites brasileiros e estrangeiros, aeronaves com radar. Helicópteros do Ibama e Marinha fazem a verificação visual. Todas as formas de monitoramento estão sendo adotadas”, afirmou.
“Não há nenhuma demora de nenhum órgão. Todos estão trabalhando de maneira ininterrupta desde o aparecimento da mancha no dia 2 de setembro. Não se poupou nenhum esforço”, reforçou Ricardo Salles.
O problema, segundo ele, é que o caso não tem precedentes. Já se sabe que o óleo não é brasileiro, tem provavelmente origem venezuelana, mas não se conhece o modo como vazou para o litoral brasileiro.
Isso dificulta as ações de controle. “Medidas de contenção que podem ser pertinentes nos casos de acidentes em que são conhecidas as origens, não são necessariamente pertinentes nesse caso de poluição difusa como agora, que não tem precedentes”, ressaltou o ministro.
A estratégia agora, ainda segundo ele, é avançar com as operações, com o monitoramento permanente, com o recolhimento do material, a destinação adequada, mobilizando todos os órgãos do governo federal, dos estados e municípios.
Em Alagoas, depois de sobrevoar a Área de Proteção Ambiental (APA) da Costa dos Corais, unidade de conservação federal no litoral norte do estado, o ministro informou que o óleo atingiu praias do município de Porto de Pedras, mas não chegou a invadir o estuário onde fica o projeto de conservação do peixe-boi marinho.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Foto: Ministério do Meio Ambiente
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