O período carnavalesco é marcado por várias festas, folia e diversão. Em meio a essa comemoração, está o consumo exagerado de álcool e a necessidade de uma rápida recuperação para o dia seguinte. Por isso, muitos recorrem aos famosos kits ressaca, um combinado de medicamentos que neutralizam os efeitos da noite anterior e proporcionam mais horas de festa.

Entretanto, por falta de conhecimento, muitos foliões misturam essas medicações sem saber os reais riscos à saúde. Além do perigo já existente da automedicação, a interação com o álcool pode ser ainda mais danosa ao corpo.  A professora do curso de Farmácia da UNINASSAU Aracaju, Marília Trindade, explica algumas associações arriscadas que devem ser evitadas.

“A ingestão de álcool com Paracetamol pode sobrecarregar o fígado, aumentando o risco de hepatite medicamentosa. No caso da mistura com Ibuprofeno (AINEs), há a possibilidade de causar irritação gastrointestinal e aumentar o risco de sangramentos”, explica.

 Sobre álcool e antibióticos, a professora afirma que “pode causar o ‘efeito antabuse’. Os sintomas são náusea, vômito, palpitações e até risco de morte”.

“Em situação de mistura com antidepressivos ou ansiolíticos, há a possibilidade de potencializar os efeitos sedativos, levando à sonolência extrema, perda de coordenação e risco de overdose. Já a combinação com energéticos costuma mascarar os efeitos do álcool, levando ao consumo excessivo e aumentando o risco de intoxicação”, comenta Marília.

Além desses exemplos, a professora também comenta sobre uma combinação bastante comum nesse período, mas que é extremamente perigosa: Engov com álcool. Isso é capaz de gerar sérios riscos à saúde, como problemas gastrointestinais, falsa sensação de segurança e sobrecarga no fígado.

Para evitar os sintomas de ressaca, é importante se manter hidratado, bebendo bastante água, e, principalmente, evitar o uso exagerado do álcool. “Para garantir uma festa segura e saudável, não faça associação de medicamentos com bebidas alcoólicas. Esta mistura pode custar sua vida. Consulte sempre um profissional farmacêutico e divirta-se com responsabilidade”, finaliza.

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Fonte: UNINASSAU Aracaju

Foto: Divulgação/Ascom