Julia Soares, com duas medalhas de ouro, se destaca no segundo dia de finais do Troféu Brasil Loterias Caixa

Com casa cheia, o segundo dia das finais do Troféu Brasil Loterias Caixa de Ginástica Artística foi um grande espetáculo. Neste domingo, registrou-se um público de 6 mil pessoas no Ginásio Constâncio Vieira, o que mostra o crescente grau de popularidade da modalidade em Aracaju. Como a entrada estava condicionada à entrega de um quilo de alimento não perecível, no final de semana foram arrecadadas 11 toneladas de alimentos – o público de sábado atingiu 5 mil espectadores.

Julia Soares foi a grande estrela no feminino. Na trave, com uma exibição praticamente impecável, iniciada com o movimento que leva seu nome, a ginasta do Cegin-PR dominou o aparelho, e recebeu a nota 13.100. Lorrane Oliveira (Flamengo), com 12.300, e a jovem Rafael Oliva, do Grêmio Náutico União (12.133) completaram o pódio.

No domingo o evento registrou um público de 6 mil pessoas no Ginásio Constâncio Vieira Fotos: Ricardo Bufolin / CBG

“Fiquei muito feliz com os meus resultados de hoje. Na trave, fiz uma série melhor, mais limpa. No solo, cometi alguns erros, acho que vim com muita explosão e acabei dando um passo pra fora. No final, acho que esses resultados fizeram transparecer o meu trabalho e o da minha equipe. E quero agradecer o apoio do público, que vibrou muito e estava sensacional”, disse Julia.

No salto, tivemos uma disputa de excelente nível. Yuri Guimarães, revelação da Agith, de São Caetano do Sul, levou a melhor. Com muita explosão, e saltos altos e bem executados, o vice-campeão nesse aparelho no DTB Pokal, de Stuttgart, levou a melhor em Aracaju, com 14.583, numa final de alto nível técnico.

Yuri disse que já se sente no nível dos seus melhores competidores no salto, em nível nacional. “Já me vejo no nível deles, mas ainda assim quero melhorar ainda mais o meu salto. Na barra fixa, meu resultado foi melhor do que esperava. Não contava com um terceiro lugar nesse aparelho”.

Diogo Soares melhorou muito sua execução, saltando de 14.050 na fase de classificação para 14.517 na final. Com isso, o ginasta do Flamengo ficou com a segunda colocação. Caio Souza, que está começando a exibir um novo salto, também foi muito competitivo, e fechou o pódio com 14.516.

Nas paralelas, Bernardo Actos Miranda fez uma apresentação sem erros e conquistou o ouro, que se junta à vitória na véspera, no cavalo com alças. O atleta do Minas Tênis Clube, que volta após sofrer lesão, recebeu a nota 13.633, e deixa Aracaju com duas medalhas de ouro. Caio Souza, também do Minas, sofreu uma queda, o que comprometeu suas chances de vitória, e ficou com 13.533. Mesmo assim, graças ao alto nível de dificuldade, acabou ficando com a prata. Tomás Florêncio, da Agith, levou o bronze (13.333).

“Ao contrário do cavalo, que não é uma especialidade minha, a paralela é um dos meus melhores aparelhos. Sofri com uma virose à noite, e me desidratei bastante, mas felizmente consegui fazer bem a série e estou muito feliz com os resultados”, afirmou Bernardo.

Na barra fixa, com altíssimo nível técnico, sete ginastas obtiveram notas na casa dos 13 pontos. Entre as séries, que tiveram valor de dificuldade semelhante, o que fez a diferença realmente foi a execução. Lucas Bitencourt, com série mais limpa, acabou levando a melhor, e ficou com o ouro (13.600).

“Saio daqui muito satisfeito com minha competição. Sou um generalista, e cometi algumas falhas em alguns aparelhos. Mas fiquei muito feliz com a vitória na barra fixa, um aparelho no qual tenho mais facilidade. Busco conquistas futuras nesse aparelho”.