O Instituto Professora Liete Oliveira Azevedo – Ressurgir Sergipe – participa este mês da campanha Agosto Lilás. De acordo com a advogada de família, criminalista e presidente da Comissão de Direitos Humanos do Instituto Ressurgir Sergipe, Valdilene Oliveira Martins, a campanha foi criada em alusão a vigência da Lei Maria da Penha e tem como objetivo conscientizar tanto as vítimas como as pessoas que estão em torno delas a denunciar a violência doméstica e familiar contra a mulher.
Segundo Valdilene Martins, essa campanha existe há muitos anos. “Durante a campanha são divulgadas informações, a exemplo de números de telefones para contato com os órgãos onde as mulheres vítimas de violência ou as pessoas que querem ajuda-las podem buscar ajuda”, disse.

A presidente da Comissão de Direitos Humanos do Instituto Ressurgir Sergipe ressaltou ainda que agosto é o mês em que as ações de combate à violência contra a mulher são intensificadas.
Estatística negativa
Valdilene Martins revelou também que essa violência está em todos os países do mundo de forma mais gravosa ou mais branda a depender do grau de civilidade das pessoas. “O nosso país infelizmente tem uma civilidade duvidosa porque hoje nós ocupamos o 5º lugar no ranking dos países que mais matam mulheres, pelo simples fato de serem mulheres. E ocupamos o primeiro lugar no ranking, dos países que mais matam mulheres trans e travestis. Atualmente, as mulheres vivem uma pandemia dentro de outra pandemia, porque a violência doméstica e familiar contra a mulher é um problema de saúde pública e não apenas de segurança pública”, pontuou.
Ela chamou atenção ainda para a forma como as crianças estão sendo educadas. “Se o machismo pode ser ensinado, construído, ele também pode ser desconstruído e eliminado da educação dada as crianças. Para que haja evolução social, nós precisamos dessa mudança de comportamento social, sobretudo dos homens, porque se eles fazem parte do problema, obrigatoriamente, eles devem fazer parte da solução. A prevenção, o combate e o enfrentamento a violência doméstica e familiar contra a mulher é um problema de todas as pessoas, não é um problema apenas das mulheres. As pessoas têm que parar de confundir desentendimentos de casais com crime. O que é praticado hoje contra as mulheres lesão corporal, violência psicológica, moral, patrimonial e sexual é um absurdo, são condutas criminais que a gente não deveria tolerar, naturalizar e nem romantizar.”, afirmou.
Acrescentou ainda que além das violências contidas no Art. 7º da Lei Maria da Penha, existe a romantização e a naturalização da sobrecarga de trabalho atribuída a mulher, com a soma das atividades dos âmbitos público e provado. “Esse é mais um tipo de violência porque romantiza a mulher “guerreira”. Além do mais a nossa cultura ensina as meninas a confundirem o controle com o cuidado”, disse, ao ressaltar a importância de se realizar um trabalho maior com a informação, orientando a sociedade sobre como prevenir, combater e contribuir com a erradicação da violência doméstica e familiar contra a mulher.
Valdilene Martins disse que o Instituto Ressurgir está à disposição para informar, orientar e encaminhar as mulheres vítimas de violência e as pessoas que queiram ajuda-las no combate a violência doméstica e familiar contra a mulher. O telefone para contato que também é whataspp é o (79) 98852-1850.

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Telefones – Violência Contra a Mulher em Sergipe
180 – Central de Atendimento à Mulher
181- Disque Denúncia da Polícia Civil
190 – Polícia Militar – CIOSP
127 – Ministério Público Estadual
Maternidade Nossa Senhora de Lourdes – setor de violência sexual
(79) 3225-8679
Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis da cidade de Aracaju
(79) 3205-9400
Delegacia de Atendimento a Grupos Vulneráveis da cidade de Itabaiana
(79) 3431-8513
Delegacia de Atendimento a Grupos Vulneráveis da cidade de Lagarto
(79) 3631-3150
Delegacia de Atendimento a Grupos Vulneráveis da cidade de Nossa Senhora do Socorro
(79) 3279-2450
Delegacia de Atendimento a Grupos Vulneráveis da cidade de Estância
(79) 3522-8777
Defensoria Pública – NUDEM – Núcleo Especializado de Promoção e Defesa de Direito da Mulher
(79) 98865-0879
(79) 98867-5229
(79) 98867-5277
Coordenadoria Estadual de Politicas para as Mulheres
(79) 3222-7927
Procuradoria Especial da Mulher da ALESE
(79) 98845-1150 e (79) 3216-6824
Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça de Sergipe
(79) 3226-3479; 3226-4194 / 3226-4195; 3226-4276
Instituto Ressurgir Sergipe
(79) 98852-1850
WhatsApp para denúncias contra Violação de Direitos Humanos e de violência contra a mulher
(61) 9 9656-5008
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