Devido a pandemia pelo Coronavírus (Covid-19), a demanda por equipamentos de proteção individual utilizados pelos profissionais de saúde têm aumentado bastante nos hospitais em todo o Estado. Diferentemente das máscaras convencionais vendidas nas farmácias, os protetores faciais protegem todo o rosto de gotículas e respingos durante o atendimento. Para poder ajudar estes profissionais saúde na luta diária contra a pandemia, o Instituto Federal de Sergipe está fabricando protetores de acetato em impressoras 3D para serem doados aos hospitais e unidades de saúde do Estado.

O primeiro centro de saúde a receber as máscaras produzidas será o Hospital de Cirurgia. O diretor de inovação e empreendedorismo do IFS, José Augusto Andrade Filho, fará a entrega nesta quarta-feira, às 10h, de cerca de 25 máscaras.

A produção

José Augusto Andrade Filho, diretor de inovação e empreendedorismo do IFS fará entrega hoje no Hospital de Cirurgia

O laboratório de Inovação do IFS – o Inova@IFSLab – conta com três impressoras 3D. Cada impressora imprime duas máscaras por vez e demora cerca de duas horas para ficarem prontas. Elas são feitas de acetato – que serve para cobrir o rosto a fim de evitar que, ao falar, respingue em outras pessoas – e, de PLA – plástico de Poliácido Láctico -, que é feito a base milho e tem a vantagem de ser biodegradável. Os filamentos de impressão 3D que transformam o projeto em objeto palpável, são feitos dessa substância.

Mas o IFS não está sozinho nessa empreitada. Ele está recebendo a matéria-prima de empresas de Sergipe. O acetato, por exemplo, foi doado por indústrias do município de Nossa Senhora do Socorro, na grande Aracaju e os filamentos, pelo próprio Hospital de Cirurgia, e os elásticos, pelo Armarinho Mundial, localizado na capital sergipana. O modelo das máscaras é um projeto da PRUSA, uma empresa da República Tcheca que fabrica as impressoras.

Máscara

José Augusto ainda alerta que a fabricação tem um processo bem definido e detalhado, pois tudo têm que ser higienizado, além de seguir um padrão definido como tamanho da máscara e até dos elásticos. Ele pede que quem quiser ajudar na produção pode procurá-lo por meio dos telefones 99800-5542 e 3711-1851, das 7h às 13h. Quem tiver impressora 3D em casa, quer participar dessa ação, mas não tem tempo de produzir, pode deixá-la no Inova@IFSLab, no Centro de Pós-Graduação, na rua Francisco Portugal, no Bairro salgado Filho, em Aracaju.

Mas quem preferir fazer a própria impressão em casa, o IFS disponibiliza o arquivo com as configurações da máscara para que cada um possa entrar nessa rede de solidariedade. “É bom lembrar que essa é uma ação que envolve várias pessoas no estado que possuem impressora 3D e também de empresas que fazem doações. Nós estamos fazendo a nossa parte. Também quem quiser voluntariar-se, o IFS está aberto para receber essas pessoas; basta ter noção básica de informática”, reforça José Augusto. O projeto ainda conta com o apoio dos bolsistas do PBIEX – Programa de Bolsas Institucionais de Extensão do Instituto Federal de Sergipe.

No IFS, ainda há outra frente de produção desses protetores, liderada pela professora Stephanie Kamarry Alves de Souza, do IFS – Campus Lagarto.

Uso das máscaras

IFS fabrica máscaras para doar a hospitais e unidades de saúde  Fotos: Ascom 

Para as pessoas que necessitam usar as máscaras, apenas ela não é suficiente. Outros cuidados devem ser somados como higienização correta das mãos com água e sabão ou álcool 70% quando não tiver como lavar as mãos. Além disso, deve-se evitar aglomerações de pessoas e tocar os olhos ou nariz. Mas esses cuidados devem ser aplicados também às pessoas que não precisam das máscaras.

 

Fonte: IFS