Acontece nos dias 10 e 11 de junho, no Teatro Atheneu, o I Fórum Nacional da Música Nordestina, que traz como tema os “100 Anos de Jackson do Pandeiro”. O evento que abre oficialmente os festejos juninos da capital sergipana é uma realização do Governo do Estado por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe e integra o Encontro Nordestino de Cultura 2019.
Na noite de abertura, uma palestra sobre a vida e obra do homenageado, com o jornalista e escritor Fernando Moura. Em seguida, Silvério Pessoa, cantor, compositor e escritor pernambucano irá falar sobre: “O Legado de Jackson do Pandeiro no Sincopado e na Divisão Rítmica da Música Brasileira”. Silvério encerra o primeiro dia de evento com uma apresentação solo.
Já na terça-feira, dia 11, o público será brindado com um depoimento de Fernando Moura sobre as Comemorações de Jackson do Pandeiro no Brasil. O cantor e compositor paraibano, Biliu de Campina, falará sobre ‘Jackson do Pandeiro e seus Seguidores’. Dando continuidade a programação, Geralda Miranda (sobrinha de Jackson) dará um depoimento sobre o homenageado e Neuza Flores (viúva de Jackson) um depoimento em vídeo. E encerrando o evento com chave de ouro, uma apresentação do cantor e compositor paraibano, Biliu de Campina.
O homenageado
Intérprete, compositor e instrumentista paraibano, Jackson do Pandeiro completaria 100 anos este ano. Com seu pandeiro ele cantou coco, embolada, forró e também samba, fazendo grande sucesso em todo o país pela qualidade de seu trabalho como cantor, compositor e instrumentista. Nasceu em Alagoa Grande, em 31 de agosto de 1919, e foi registrado como José Gomes Filho. Sua mãe, Flora Mourão, era uma cantadora de coco pernambucana, e ainda criança ele começou a tocar zabumba e acompanhá-la nas festas de sua cidade natal.
Ainda garoto mudou-se para a cidade de Campina Grande, na época áurea do algodão, quando na região circulava muito dinheiro e era um importante polo econômico da região. Cresceu num contexto de efervescência e diversidade cultural, conhecendo diferentes gêneros musicais. Em um documentário raro disponível na internet, durante entrevista concedida para Grande Otelo, ele conta que tocou bateria, tamborim, reco-reco e pandeiro e durante muito tempo passou a ser chamado de Jack do Pandeiro.
Tornou-se “Jackson” na Rádio Jornal do Commercio, já em Pernambuco, na qual trabalhou e lançou suas duas primeiras músicas: “Forró em Limoeiro” e “Sebastiana” (esta, durante apresentação em um programa de auditório, em pleno carnaval, o que gerou um sucesso avassalador, sendo em seguida convidado para atuar em rádio no Rio de Janeiro). Jackson do Pandeiro foi o segundo nome mais importante da música nordestina, a fazer sucesso em todo Brasil. Morreu no ano de 1982 e em sua trajetória musical, sempre foi coerente com sua história e raízes nordestinas, além de um crítico da interferência estrangeira na música brasileira.
Encontro Nordestino de Cultura
Dando continuidade, o Encontro segue nos dias 14 e 15 de junho com a prévia do Arrasta Pé do 18 do Forte. O Encontro também envolve o Concurso de Quadrilhas do Arranca Unha, composto por 36 quadrilhas da capital e do interior.
Nos dias 17, 18, 19, 20 e 21 de junho acontecem as eliminatórias. Já nos dias 22 e 23 as semifinais e a grande final no dia 30 de junho.
Já o Concurso de Quadrilhas do Gonzação que é composto por 36 quadrilhas da capital e do interior, acontece nos dias 20, 21, 22, 25 e 26 de junho, com a etapa eliminatória. Nos dias 27 e 28 de junho serão realizadas as semifinais e a final no dia 29 de junho.
Fonte: Agência Sergipe de Notícias
Foto: Divulgação
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