“Só tenho a agradecer ao Hospital Cirurgia com a sua equipe de cirurgiões de coluna e o seu atendimento maravilhoso para o paciente SUS. Meu filho está perfeito para a honra e a glória do senhor. O hospital é maravilhoso, a equipe é fora de série. Parece até equipe de Hollywood”.

O relato acima é de Veronica Santos Oliveira, mãe do jovem Jean Oliveira Santos, 17 anos. Há anos, ele sofria com dores devido a uma escoliose – encurtamento da coluna causado por uma curvatura lateral –, mas essa realidade mudou no dia 17 abril quando foi operado pela Equipe de Escoliose do Hospital de Cirurgia (HC).

Referência em atendimento de alta e média complexidade, o HC oferece aos pacientes assistidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – por meio de contratualização junto ao Governo do Estado e Secretaria de Estado da Saúde – um Ambulatório de Escoliose com tratamento integral e multidisciplinar, composto por consultas, procedimentos cirúrgicos e fisioterapia. Em Sergipe, trata-se do único serviço hospitalar que disponibiliza atendimento gratuito para pessoas acometidas pela doença. No Brasil, são poucos os centros de saúde que oferecem este tipo de serviço pelo Sistema Único.

Neurocirurgião Ricardo Motta, líder do Ambulatório de Escoliose do HC

“Como já é tradição, o Cirurgia mais uma vez está na vanguarda ao oferecer esse tipo de tratamento pelo SUS. É o primeiro e único em Sergipe. Aqui no hospital já realizamos mais de 50 cirurgias de escoliose. Para se ter uma ideia da grandiosidade deste número, uma operação para tratar a doença dura em torno de 5 a 6 horas, e exige um elevado preparo profissional da equipe, além do custo alto”, destaca o neurocirurgião Ricardo Motta, líder do Ambulatório de Escoliose do HC.

O que é escoliose

A escoliose é uma doença que desenvolve uma curvatura anormal na coluna da pessoa, afetando o alinhamento do corpo e causando outros problemas físicos, como desconforto respiratório, além de afetar o psicológico do paciente, uma vez que a deformidade mexe com a estética do paciente. A patologia se divide em três tipos: idiopática do adolescente, neuromuscular e congênita.

Jean Oliveira sabe bem das consequências da patologia. “Por conta da escoliose, das dores que a doença causa, o meu filho reprovou na escola. Os professores não levaram em consideração a situação dele. Ele não suportava o desconforto que a deformidade causava nele”, relata Verônica Oliveira, mãe de Jean.

“Estou feliz agora. A vida ficou melhor, não sinto mais tantas dores. Hoje é mais confortável. Antigamente, até para andar era ruim e hoje não. A cadeira da escola mesmo não era apropriada para mim”, declara Jean, que também afirma que o atendimento médico do HC é ótimo.

Cirurgias de alta complexidade

Há mais de dois anos, a Equipe de Escoliose do HC – formada por neurocirurgião, neurofisiologista, ortopedista, anestesiologista – realiza cirurgias, periodicamente, de pacientes que possuem a deformidade na coluna. E, desde agosto de 2023, é feita uma operação por semana.

“Quando o paciente tem curvatura na coluna maior que 45, 50 graus, ele passa por procedimento cirúrgico. A cirurgia de escoliose tem um alto grau de complexidade, porque mexe com toda coluna, através de parafusos e hastes, e envolve vários profissionais, desde o neurofisiologista, que garante o sucesso neurológico, garante que o paciente não perderá forças nas pernas ou braços, a anestesia que é bem específica para esse tipo de doença. É algo que precisamos oferecer bastante segurança. Exige um alto grau técnico. São em torno de 3 a 4 cirurgiões envolvidos no procedimento”, explica Ricardo Motta.

Ricardo Dantas, médico ortopedista e especialista em coluna

Integrante da Equipe de Escoliose do HC, Dr. Ricardo Dantas, médico ortopedista e especialista em coluna, reforça a complexidade e as nuances da doença. “A escoliose é uma deformidade que se manifesta na coluna em três dimensões, acontece em meninos e meninas e, sobretudo, na faixa etária da adolescência. Ocorre na fase adulta também. Normalmente, as mulheres têm mais tendência de desenvolver um maior grau”, informa.

Raro no SUS

Dr. Ricardo Dantas reforça ainda que o tratamento de escoliose é raro no Sistema Único no país. “São poucos os serviços SUS do Brasil que oferecem esse tipo de tratamento por uma série de fatores. É uma patologia muito complexa, que exige profissionais com boa formação e experiência. Fora que o tempo de realização da cirurgia, o risco cirúrgico e o custo são muito altos. No Nordeste, conseguimos implantar aqui no Cirurgia este atendimento, oferecendo um bom serviço. Ele funciona a pleno vapor e o resultado final é muito satisfatório. É o HC dando qualidade ao paciente SUS”, relata.

Consultas

Além dos procedimentos cirúrgicos, outro serviço essencial para o tratamento da escoliose são as consultas pré, pós-operatória e consultas para o tratamento conservador, que são os casos em que não há necessidade de operar o paciente.

“Nosso Ambulatório de Escoliose com consultas funciona quinzenalmente, exclusivamente com casos de deformidades na coluna. A importância da consulta é que nem toda escoliose é tratada cirurgicamente. Em alguns casos é necessário o uso de colete. Isso tudo engloba o tratamento conservador”, explica Ricardo Motta.

Fisioterapia

André de Oliveira, fisioterapeuta integrante do Ambulatório de Escoliose – Fotos: Ascom

O Cirurgia oferece, atualmente, aos pacientes um tratamento integral e multidisciplinar da escoliose, incluindo a fisioterapia, que é essencial no tratamento dessa condição, ajudando a gerenciar a curvatura da coluna.

“Iniciamos a fisioterapia no Ambulatório de Escoliose em janeiro deste ano e estamos acompanhando os pacientes tanto pré e pós-operatório e aqueles que necessitam do tratamento conservador. O paciente vem primeiro para a consulta médica e nós acompanhamos”, explica André de Oliveira, fisioterapeuta integrante do Ambulatório de Escoliose.

O fisioterapeuta detalha a importância da fisioterapia para o tratamento da patologia. “Trabalhamos com a metodologia RPG, a Reeducação Postural Global. Fazemos a parte de alinhar o corpo. Na escoliose, o paciente tem algumas deformações ósseas que precisam ser alinhadas. Por exemplo, o ombro pode estar mais para frente do que o outro, pode ter a curva mais acentuada. Trabalhamos para que esse paciente saia com boa postura. A equipe de cirurgiões faz com que a coluna fique no lugar e nós alinhamos o corpo”, relata.

Lohany Menezes dos Santos é uma das pacientes beneficiadas com a fisioterapia pós-cirúrgica no HC

A adolescente Lohany Menezes dos Santos é uma das pacientes beneficiadas com a fisioterapia pós-cirúrgica no HC. Ela operou neste ano e, agora, frequenta o Ambulatório para ter sessões de fisioterapia e consultas médicas. Os pacientes que passam por procedimento cirúrgico são acompanhados, no mínimo, por um ano.

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Fonte: Hospital de Cirurgia

Fotos: Ascom