O Governador João Doria e o Prefeito da capital, Ricardo Nunes, anunciaram nesta segunda-feira, 16, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes, que o Grande Prêmio São Paulo de Fórmula 1, que acontece de 5 a 7 de novembro, vai gerar cerca de 8 mil empregos e contará com a realização da “sprint race”, corrida extra no sábado para estabelecer o grid de largada da corrida no domingo.
“Segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas, a realização do Grande Prêmio em Interlagos deve gerar 8 mil empregos e terá um impacto econômico de R$ 670 milhões para a cidade de São Paulo. Aos torcedores e apaixonados pela Fórmula 1, será obrigatório o uso de máscara, a temperatura será medida de todas as pessoas, o uso de álcool em gel será facultado todos os setores do autódromo e outras medidas poderão ser adotadas para o sucesso deste evento”, disse Doria.
A etapa de São Paulo, única da América do Sul na temporada, traz novidades para o público. A corrida, que a partir da renovação do contrato passou a chamar Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1, em homenagem à cidade que a recebe, terá como atração especial da “sprint race”, que só foi incluída em três das 23 etapas previstas para 2021: em Interlagos e nas etapas em Monza, na Itália, e em Silverstone, no Reino Unido.
A “sprint race” estreou neste ano, durante o GP da Inglaterra, em Silverstone, alterando o sistema tradicional para a formação do grid de largada. Na “sprint”, os pilotos disputam a segunda sessão de treinos livres da sexta-feira no mesmo formato dos treinos de classificação de sábado.
Esta sessão de sexta define então a ordem de largada para a “sprint race”, no sábado. A “sprint”, por sua vez, é uma corrida curta de cerca de 100 quilômetros, sem a necessidade de troca de pneus. Em Interlagos, a “sprint” terá 24 voltas. Já a prova de domingo conta com as tradicionais 71 voltas.
Além de estabelecer o grid para a corrida de domingo, a “sprint” também bonifica os três primeiros colocados com, respectivamente, três, dois e um ponto. No GP da Inglaterra, Max Verstappen, da Red Bull, venceu a “sprint” no sábado. E Lewis Hamilton, da Mercedes, venceu a corrida no domingo. A disputa, portanto, foi intensa nos três dias da prova no circuito de Silverstone. A etapa de Monza acontece em setembro.
Ingressos e capacidade do público
Outra novidade é que, com o avanço da vacinação no país, um novo lote de ingressos para o Formula 1 Heineken Grande Prêmio de São Paulo 2021 será liberado no dia 27 de agosto, ao meio-dia, para o público que se cadastrar na lista de espera, que já está disponível no site oficial do evento: f1saopaulo.com.br/fila-de-espera.
Para a reabertura de vendas serão anunciados novos setores para o evento, tornando possível a ocupação de 100% as arquibancadas de Interlagos, graças ao sucesso da vacinação no Estado, que alcançou a imunização de adultos com mais de 18 anos com pelo menos uma dose do imunizante contra o coronavírus.
“Todos os ambientes de acesso serão controlados e, mais do que isso, teremos a vacinação. O ritmo está célere e teremos grande parte do público vacinado com a segunda dose. Fora que os espaços terão álcool em gel, a obrigação do uso da máscara, aferição de temperatura e outras estratégias estão sendo adotadas, como exigência de vacina e testagem 48 horas antes do acesso”, citou o Secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn.
Neste ano os ingressos para o Grande Prêmio de São Paulo são comercializados pela Eventim, tiqueteira oficial do evento, no site eventim.com.br/f1saopaulo.
A organização do Grande Prêmio São Paulo formulou à direção da Fórmula 1 pedido de alteração da data do evento para os dias 12, 13 e 14 de novembro, no final de semana do feriado prolongado de 15 de Novembro, Dia da Proclamação da República. “Se esse pedido for aceito, para nós aumenta muito o ingresso de receita na cidade e no estado. Poderemos ter uma expansão de 25% na receita da Fórmula 1 em São Paulo, chegando a R$ 140 milhões a mais de recente e geração de mais empregos”, reforçou Doria.
Tradição de Interlagos
Interlagos é conhecido como o “templo do automobilismo brasileiro”. No Brasil já foram realizados 48 grandes prêmios de Fórmula 1, sendo 38 na cidade de São Paulo. Em 2020, a prova foi cancelada por conta da pandemia da COVID-19.
Houve uma tentativa do Governo Federal de levar o Grande Prêmio do Brasil para o Rio de Janeiro, inclusive com a proposta de construção de um autódromo. O projeto chegou a ser suspenso pela Justiça por falta de estudos ambientais.
Em dezembro de 2020, a Prefeitura de São Paulo adquiriu os direitos da prova para a realização do evento entre 2021 e 2025. O Grande Prêmio Brasil passou a se chamar Grande Prêmio São Paulo, se unindo ao GP de Abu Dhabi e ao GP da Cidade do México como as três únicas provas do calendário da F1 que não levam o nome dos países em que são realizadas.
“Em nome de todos os brasileiros, temos que agradecer o Governo de São Paulo e a Prefeitura de São Paulo por manterem a Fórmula 1 no Brasil. Havia um risco de não ter Formula 1 no Brasil. Se não fosse esforço conjunto, não teria acontecido. Esse é o comprometimento de São Paulo com os eventos maiores e mais importantes da América do Sul”, disse o CEO da Fórmula 1 no Brasil, Alan Adler.
A Fórmula 1 tem uma audiência mundial de meio bilhão de espectadores (pré-pandemia). Entre os maiores consumidores de Fórmula 1 no mundo estão Brasil, Alemanha, Itália, Reino Unido e Holanda.
“É o evento mais aguardado do ano, a única cidade da América do Sul. A vitória de São Paulo é importante à medida em que consolida Interlagos, pois nos dá uma grande visibilidade, com estimativa de R$ 1,6 bilhão de mídia para São Paulo”, disse o Secretário de Turismo, Vinícius Lummertz.
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Fonte: Setur/SP
Foto: Setur/SP
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