Gustavo Tenório [*]

Perder é algo ruim. Óbvio. Em meus devaneios futebolísticos fico fantasiando um Sergipe invencível. Pelo menos por uma temporada ou, até mesmo, em um campeonato apenas. Não perderíamos. O pior que nos aconteceria seria um empate xoxo por 0x0 ou um frustrante 1×1 – com o adversário empatando naquele minuto final dos acréscimos.

Perder é realmente um saco. Se eu pudesse… o Gipão não perderia nunca. Contrataria o Messi, o Cristiano, uma zaga italiana, um treinador retranqueiro e um goleiro intransponível. Ou talvez algum bruxo que encantasse a bola a nosso favor. Seria no dia em que o Bill Gates morresse e o mundo, imediatamente, descobriria que o seu único herdeiro sou eu. Imaginem só!

Perdemos. A derrota tem sempre um gosto amargo. Não jogamos bem. O ataque não funcionou, como tampouco a defesa. Até eu não torci direito – isso depois de alguns copos de cerveja e algumas tiras de carne de churrasco. Estávamos todos num péssimo astral. O jogo às 15 horas, sob um sol escaldante, entre o agreste e o sertão baiano, não é mole. Queria pôr a culpa na camisa errada que eu estava usando, mas lembrei que não acredito mais em superstições.

O time perdeu. Foi a primeira derrota no campeonato. Estávamos invictos até o momento. Foram duas vitórias e um empate. Agora uma derrota. Apenas uma. O domingo parece que anoitece sempre mais tedioso quando o Sergipe perde. Para recordar: Jacuipense é o nome do time que jogou água no meu chopp. Time desagradável. Só porque o vencemos na rodada anterior? Por que tanto rancor?

Perder faz parte. Para o meu consolo, o Barcelona perdeu hoje para um tal de Levante. Perdeu não só o jogo como a invencibilidade no campeonato. Se até nós perdemos, por que não eles também!? Enfim, bola pra frente. Avante, Rubro!

[*] É advogado e torcedor apaixonado pelo Sergipe