Como símbolo de memória, reflexão e mobilização contra o feminicídio, o Ministério Público de Sergipe (MPSE) inaugurou, na manhã dessa segunda-feira, 12, o Banco Vermelho. A cerimônia ocorreu na sede da instituição e integra a Campanha Feminicídio Zero, prevista na Lei nº 14.942/2024, que estimula a instalação do banco em locais públicos e privados de grande circulação.

O ato simbólico de deslaçamento do banco foi realizado pelo procurador-geral de Justiça, Nilzir Soares Vieira Junior; pelo corregedor-geral, Rodomarques Nascimento; pelo coordenador-geral, Carlos Augusto Alcântara Machado; pela diretora do Centro de Apoio Operacional da Mulher, promotora de Justiça Verônica Lazar; e pela presidente do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), desembargadora Iolanda Guimarães.

Durante a cerimônia, a promotora de Justiça Verônica Lazar destacou o papel do Banco Vermelho como ferramenta de conscientização coletiva. “O Banco Vermelho simboliza as milhares de mulheres que perderam suas vidas vítimas do feminicídio. Ele está inserido em uma política pública voltada para o feminicídio zero. É um espaço que provoca reflexão, com totens e placas informativas que divulgam canais de denúncia e orientações de prevenção. A ideia é que a sociedade se sensibilize e se mobilize para enfrentar esse problema grave, que não atinge apenas o Brasil, mas o mundo inteiro. Só em 2023, mais de 1.400 mulheres foram mortas vítimas desse crime”, ressaltou.

A diretora do CAOp da Mulher também explicou que a iniciativa teve origem na Itália, em 2016, e chegou ao Brasil em 2023, por meio do Instituto Banco Vermelho, criado em Recife/PE, após o assassinato de duas mulheres por seus ex-companheiros. Desde então, a ação vem sendo replicada em todo o país como forma de estimular o debate público e o fortalecimento de políticas de enfrentamento à violência contra a mulher.

Durante o evento houve o lançamento do livro “Mulheres Além dos Cromossomos: A Invisibilidade das Mulheres Transexuais Vítimas de Violência Doméstica e Familiar” – Fotos: Alisson Mota

Além da inauguração do banco, o evento contou com o lançamento do livro “Mulheres Além dos Cromossomos: A Invisibilidade das Mulheres Transexuais Vítimas de Violência Doméstica e Familiar”, de autoria de Thyago Avelino, e com a apresentação do Projeto Anjos Azuis, da Guarda Municipal de Aracaju, que atua na humanização da segurança pública.

————–

Fonte: MPSE