Alguns moradores de Sergipe descobriram uma forma diferente de economizar com a conta de energia. O valor pago todo mês passa a ter outro destino: a parcela do custo com a usina solar, que substitui o método de geração elétrica tradicional. Segundo especialistas, a matemática é simples e o resultado vem rápido: em média de cinco anos, a conta se torna praticamente gratuita.

Nos últimos anos, o setor produtivo abriu os olhos para a novidade. Muitos empresários sergipanos iniciaram a instalação de placas solares em fábricas, estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços. Em 2019, a adesão à tecnologia passa a ganhar mais espaço entre as residências.

O motivo é a ampliação do público apto para financiamento no Banco do Nordeste, que passa a ofertar para pessoas físicas a linha de crédito FNE Sol, com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste – FNE.

O funcionário público André Luiz Correia começou a pesquisar o assunto há dois anos. Ele se interessou em obter energia solar para a casa onde mora, em Itabaiana, no Agreste do estado.

“Enquanto o financiamento residencial, para Pessoa Física, ainda não era autorizado para o Banco do Nordeste, buscava ler as notícias, os normativos bancários e fiquei bem informado sobre todos os trâmites. Assim que o Banco lançou, fui à agência decidido”.

A casa de André tem 150 metros quadrados, na área mobiliada somada com o quintal. As treze placas fotovoltaicas compradas começaram a gerar energia no fim de abril deste ano. O objetivo é economizar, a curto prazo, o valor de R$ 400 da conta de luz.

“Como a parcela do crédito é compatível com o valor que já pago mensalmente, sei que ao fim do financiamento terei o preço totalmente pago. É muito vantajoso. Basta ver os números”, sinaliza André.

O gerente de negócios da agência do BNB em Itabaiana, Victor Cunha, projeta os resultados da novidade. “O primeiro financiamento de Sergipe foi feito em Itabaiana. E a ampliação do público-alvo da energia solar fará com que o número de pessoas beneficiadas aumente, além de que estamos contribuindo com o meio ambiente”.

Em Aracaju, muitos telhados também estão equipados com placas solares. É o caso do imóvel recém-adquirido por Bianca e Felipe. “Antes de concluir a instalação do sistema, recebemos a primeira conta de energia no valor de R$ 1,8 mil. Com as placas solares, vamos só trocar de boleto. E depois zerar”, calcula Bianca.

Para o imóvel de 760 metros quadrados, foram utilizadas 42 placas. O valor financiado cobre 80% do orçamento do projeto. Segundo Felipe, o prazo de instalação está previsto para este mês e o funcionamento deve iniciar em junho. Ele faz as contas com grande expectativa. “Vejo que, daqui a três anos, a minha produção de energia solar vai ficar praticamente gratuita”.

Energia em casa

Quem tiver interesse em gerar sua própria energia elétrica pode financiar até 100% dos componentes e a instalação dos sistemas no Banco do Nordeste, com limite de R$ 100 mil. A linha de crédito FNE Sol, que utiliza recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste – FNE -, está disponível para pessoas físicas e empresas.

O valor das parcelas do financiamento pode ser igual ao valor economizado na conta de energia. Assim, o investimento não traz custos adicionais ao cliente, que passa a consumir energia renovável e limpa.

Quando quitada a operação, o proprietário dos equipamentos obtém considerável redução nas contas, já que a durabilidade dos componentes adquiridos, como as placas fotovoltaicas, é superior ao prazo do empréstimo, com vida útil de até 20 anos. A operação pode ser financiada em até oito anos, com carência máxima de seis meses.

Depois de instalados, os sistemas podem ser ampliados, caso haja demanda por mais energia. Se a energia gerada for superior à demanda do proprietário, o excedente pode ser direcionado a outro imóvel do cliente, na mesma área de permissão ou concessão.

 

Fonte: BNB

Foto: BNB