Desde que se iniciou o necessário isolamento social para prevenção contra o Coronavírus, a queda do número de passageiros do transporte público coletivo de Aracaju vem crescendo. Esse percentual de redução já chega a 78% e traz um desequilíbrio econômico com a incapacidade de cobrir custos do serviço, que está operando com 70% da sua frota em Aracaju, mas com uma demanda de apenas 22% do seu habitual.

Só as despesas essenciais para manutenção do transporte coletivo, que são pessoal e diesel, representam 68% dos custos. E em Aracaju, já são 152 mil passageiros a menos por dia. Toda essa situação ameaça a sustentabilidade do transporte, que é um serviço essencial, não somente neste momento de quarentena, mas com previsão para o pós-pandemia também.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju – Setransp – e as empresas de ônibus vêm realizando diversas reuniões com o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário – Sinttra – no intuito de buscar alternativas para preservação da maioria dos empregos. As tratativas estão acontecendo conforme as possibilidades legais e as orientações dos Governos para se evitar demissões em massa, porém ainda não foram finalizadas com entendimento em todos aspectos. Inicialmente, foi acordada a alteração da jornada de trabalho, que passou para em média 4 horas. As demais questões continuam em negociação.

De acordo com o presidente do Setransp, o risco do setor entrar em colapso já é bastante preocupante. “Nesse momento precisamos focar nas alternativas possíveis de garantir a sobrevivência das empresas e dos postos de trabalho. O sistema de transporte já começou a sentir os graves reflexos negativos da pandemia, afetando empregos e a cobertura de custos. Nem mesmo os principais custos estão sendo cobertos”, enfatizou Alberto Almeida.

 

* Com informações do Setransp

Foto: Ascom Setransp