O presidente da Casa, Davi Alcolumbre, comandou a reunião e afirmou estar otimista com uma definição rápida no Plenário, em chapa única e sem candidaturas avulsas.

— Estamos construindo um acordo dentro dos critérios que estabeleci no meu discurso logo após a eleição. Precisamos pacificar a Casa. Os interesses dos partidos estão sendo debatidos democraticamente no gabinete do presidente.

O MDB, maior partido no Senado, deve ficar com a segunda-secretaria. Para o senador Randolfe Rodrigues, Rede-AP, o tamanho das bancadas não pode ser o único critério para a distribuição dos lugares na direção da Casa.

— A ideia é ter uma composição de Mesa que atenda sempre que possível a proporcionalidade e a aliança que levou à eleição do presidente Davi Alcolumbre. É um direito o surgimento de candidaturas avulsas e o Plenário é soberano, mas acho que chegamos a um entendimento.

Líder do MDB, o senador Eduardo Braga, AM,  ressaltou que o partido espera ser contemplado da forma mais adequada. Ele evitou antecipar uma disputa por postos mais importantes e mencionou também a distribuição das presidências de comissões, que ficará para a próxima semana.

— O MDB vem reivindicando aquilo que é do tamanho da proporcionalidade que a eleição deu à nossa bancada. Queremos o diálogo e esperamos ser respeitados da mesma forma como respeitamos todos os partidos.

Após a reunião, o senador Major Olimpio, PSL-SP, reconheceu que houve manifestações de “discordância” em relação aos critérios usados para montar a Mesa, mas relatou que o clima foi amistoso. Entretanto, não eliminou a possibilidade de uma disputa.

— Não dá para dizer que não haverá candidaturas avulsas amanhã. Isso é um critério de cada bancada. Mas saio esperançoso e creio em uma votação tranquila e célere.

No entendimento dos líderes, a Mesa teria ainda o PSL na terceira-secretaria. A única dúvida fica por conta da quarta-secretaria, onde PP e PT ainda disputam a indicação — o partido não contemplado ficará com a primeira das quatro suplências. Os demais cargos suplementares ficarão com o PDT, o PSB e o PPS.

Se confirmado o acordo entre os líderes, apenas o PSDB, na primeira-vice-presidência, manterá a mesma posição que detinha na Mesa anterior. O PR, que ocupava uma suplência, deixará de fazer parte da direção. E o PPS e o PDT voltarão a ter representantes. O Podemos e o PSL serão estreantes na Mesa.

A composição sem repetição de partidos em diferentes cargos é uma novidade na montagem da Mesa, e reflete a homogeneidade entre as bancadas que marca o início desta legislatura no Senado. No biênio anterior, por exemplo, o MDB ocupava três cadeiras, e o PSDB, duas.

 

Fonte: Agência Senado

Foto: Jonas Pereira / Agência Senado