Junho começou, mas os reflexos de maio ainda atingem a economia.  O mês passado foi marcado pela redução da taxa básica de juros da economia brasileira de 3,75% para 3% ao ano. A decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central – Copom – foi a sétima redução consecutiva e renovou o menor patamar histórico para a taxa Selic desde 1999, quando entrou em vigor o regime de metas para a inflação. O mercado financeiro esperava um corte menos agressivo, para 3,25% ao ano. De acordo com o Banco Central uma nova redução pode acontecer em junho. 

Ao analisar a rentabilidade dos investimentos, o assessor e sócio da BP Investimentos Wilden Junior esclarece como a mudança impacta cada público. “A nossa vida financeira não para por conta dessa situação, mas precisamos dar a devida atenção ao assunto, quem tem um patrimônio maior provavelmente não vai precisar desse recurso para passar por esse período, e se precisar vai ser em um valor mínimo. Mas para quem tem poucos recursos, a preocupação neste momento não está na rentabilidade, e sim em pagar suas contas e manter sua subsistência no período da pandemia”, explica.  

Wilden também destaca o impacto para o investidor pessoa física. “O principal impacto vai ser na queda de rentabilidade, então o investimento que rendia 3,75% vai render 3%, a poupança que é um dos maiores investimentos do Brasil vai começar a render aproximadamente 2,17% ao ano que chega a ser menor que a projeção da inflação, então uma coisa é fato, quem tem dinheiro na poupança é bem provável que perca dinheiro e perca poder de compra”, afirma.  

O assessor de investimentos orienta que a solução para o momento é fazer investimentos com um prazo de tempo maior. “É preciso dividir em duas “caixinhas”, em uma é preciso ter o recurso de emergência, que é aquele que você não vai se preocupar com a rentabilidade pois vai priorizar a facilidade de resgate e segurança para momentos como o que vivemos, caso a pessoa precise e na outra “caixa” estão aqueles investimentos com um prazo maior de tempo para que assim você possa buscar a rentabilidade, o que não necessariamente significa correr risco, mas talvez fazer um investimento à longo prazo de dois, três anos, ou seja, um prazo mais longo para conseguir uma boa rentabilidade”, destaca.  

Já para o empresariado a mudança pode trazer alguns benefícios como o acesso a crédito mais barato.

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Fonte: Ascom

Foto: Ascom