O hábito de fumar cigarro é muito antigo. Um produto muito consumido, e que há alguns anos atrás era símbolo de liberdade e ousadia, sendo muito divulgado em filmes, novelas e séries, além das propagandas de televisão. Após inúmeras pesquisas que comprovaram as doenças e os danos causados pelo cigarro, a legislação brasileira passou a restringir os locais de consumo e a publicidade. A clínica geral do Hapvida, Martha Guimarães, explica que o cigarro representa um risco não só à saúde de quem fuma, mas também à saúde de quem mantém contato frequente ou convive com fumantes, e quais os principais riscos para quem consome.
“Geralmente, o perfil de um fumante, é uma pessoa hipertensa, dislipidêmica, sedentária, ansiosa e, por vezes, diabética. Portanto, com grande possibilidade de evoluir com acidente cardiovascular. Isso, sem deixarmos de mencionar patologias pulmonares, como DPOC e neoplasias malignas” elucida.
A lei 12.546, de 14 de dezembro de 2011, que proíbe o fumo em local fechado em todo País, surgiu para evitar a poluição ambiental nos recintos fechados e proteger os indivíduos que não fumam.
Riscos
É fundamental o cuidado com as crianças. A convivência com fumantes aumenta o risco de desenvolver doenças respiratórias. A exposição das crianças à fumaça do tabaco pode causar reações alérgicas (exacerbações de rinite, tosse, conjuntivite e asma) e, comprovadamente, há maior número de infecções respiratórias (sinusites e pneumonias).
A especialista ressalta que o tabagismo é o principal fator de risco para o surgimento do câncer de pulmão, um câncer com grande mortalidade e, na maioria dos casos, diagnosticado ainda muito tardiamente, em fase incurável. Além disso, é o principal responsável pela doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), uma doença respiratória irreversível.
Além disso, o tabagismo é causa de, aproximadamente, 50 doenças, muitas delas incapacitantes e fatais. Compromete a resistência física, modifica a pressão sanguínea, a frequência cardíaca e o nível de oxigênio no sangue, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, especialmente o infarto e derrame.
“É importante frisar que o cigarro causa, ainda, o aumento dos triglicerídeos (um tipo de gordura no sangue), reduz a quantidade do “bom” colesterol (HDL), ajuda a bloquear o fluxo sanguíneo. As substâncias químicas do cigarro danificam as células que revestem os vasos sanguíneos e aumenta significativamente o acúmulo de placas de gordura, além de causar o estreitamento dos vasos sanguíneos, o que contribui, por exemplo, para os infartos”, alerta.
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Deixar Um Comentário