Graduada em moda na Itália e apaixonada por moda limpa, Cynthia Arcas pesquisou em diversos países matérias-primas inovadoras para regenerar materiais e criar um produto que fortalecesse o consumo consciente. Foi assim que a experiência de mais de 25 anos no setor calçadista e a premissa de desenvolver um produto com práticas industriais limpas deram origem a Arcas Bear Sneakers, cleantech de tênis à base de plantas, em 2019. No último ano, a marca cresceu 200% em relação a 2023.
Radicada nos Estados Unidos, Cynthia tem raízes em São Paulo e investiu R$ 50 mil de recursos próprios para fundar a marca que teve como ponto de partida a destinação – uma preocupação da empresária com a cadeia produtiva. “Mais importante que criar uma marca de moda, eu queria criar uma marca que considerasse todo ciclo produtivo, partindo de insumos provenientes da regeneração de materiais e com foco na destinação. Algo que realmente causasse um impacto positivo no planeta”, reforça Cynthia.
Os motivos para se apegar ao propósito são muitos, entre eles está a maternidade. Foi observando as estrelas no quintal de casa com a família, que surgiu a ideia do nome da empresa. O sobrenome de Cynthia, “Arcas”, é também o nome da Constelação da Ursa Menor. Além disso, a figura de um urso também está presente no emblema da bandeira da Califórnia – local onde Cynthia estava com a família, representando os valores da Costa Oeste norte-americana e a conexão dos valores da marca com a natureza.
Para desenvolver os tênis à base de plantas, a empresária uniu os compromissos familiares à sua agenda em busca de inspirações e parceiros. A passagem por diferentes países – da Europa, América e até da Ásia, onde esteve no Japão – rendeu até mesmo destaques na imprensa local. A Arcas Bear foi eleita pela Revista Vogue Itália como um talento Vogue do Futuro e esteve presente no Web Summit, em Lisboa. Na última London Fashion Week, a marca esteve no calendário oficial, em um desfile que celebrou a diversidade e a inclusão na moda. No Brasil, a empresa participa do programa de aceleração da Rede Mulher Empreendedora, tem certificação da APEX (Agência Brasileira de Promoção, de Exportações e Investimentos) e é parceira até mesmo da Chandon, calçando a equipe da gigante de bebidas em todos os eventos nacionais, unindo moda, lifestyle e práticas sustentáveis.
Atualmente, a empresa sediada na Califórnia tem presença em centros como Los Angeles, San Francisco, Milão e São Paulo. Cidades entre as quais Cynthia se divide em prol de impactar o mercado por meio de tecnologia limpa, ampliar a consciência ambiental e propor inovações ligadas ao combate à poluição. Isso é feito por meio de tênis veganos, provindos da regeneração de materiais – que priorizam a vida, minimizam a poluição e o descarte indevido, além de potencializar o reflorestamento de áreas, a preservação da biodiversidade e práticas éticas sustentáveis.
Os itens são agêneros, para qualquer idade, fabricados do número 35 ao 45, com materiais de 14 fornecedores distintos. “Aplicamos uma tecnologia que nos permitiu criar um produto vegano, que ao mesmo tempo é resistente, antiderrapante, flexível e livre de odores. Isso só foi possível por produzirmos a partir de um processo inovador, que envolve materiais regenerados, Além disso, a produção também exige menor consumo de água e dispensa tingimentos”, explica a fundadora da marca. A produção tem aprovação da PETA – People for the Ethical Treatment of Animals, ONG que luta pelos direitos dos animais.
No futuro, a intenção é abrir lojas físicas da marca no Brasil, para que os consumidores possam ter a experiência de experimentar os produtos, além do espaço consolidar o plano de logística reversa. “Mais do que outra marca de tênis, somos uma cleantech que quer fortalecer o consumo consciente, minimizando os desperdícios e os derivados de petróleo na indústria da moda. O verdadeiro impacto positivo socioambiental e econômico é utilizar recursos que já existem, economizando água e evitando que mais lixo seja gerado”, explica.

“O design tem o poder de transformar o mundo. Ao projetar produtos com o fim em mente, podemos reduzir drasticamente a quantidade de lixo e criar um futuro mais sustentável – refletindo positivamente nas próximas gerações”, finaliza.
——————————
Fonte: Ascom
Foto Destaque: Divulgação/Arcas Bear
Deixar Um Comentário