A disciplina Fiu fiu não é elogio, cara! Que estará nas páginas de julho da Revista Espie ganhou uma nova direção. A eletiva denominada “Do machismo ao femismo, das cavernas ao feminicídio” se tornou um ciclo de palestras que visa trabalhar a violência contra a mulher a partir da conscientização no ambiente escolar. O que os alunos da equipe pretendem é fazer com que as leis não são sejam necessárias ou pouco utilizadas, devido a prática da conscientização cultural. O projeto visa conscientizar para não chegar aos extremos feminicidas, através de palestras e oficinas. A ideia surgiu de alunos que viram a necessidade de a disciplina ganhar novos rumos devido à importância do tema e partir para outras escolas. O grupo composto por seis estudantes pretende divulgar o trabalho em diversas escolas de Aracaju, conscientizando alunos que não têm noção da gravidade do problema.
Palestrinhas
Formado por alunos do 2º ano Médio do Ensino Integral, o grupo surgiu da necessidade de dar continuidade à eletiva do professor Fabiano Oliveira e pretende conquistar outros “palestrinhas” para ampliar a rede. As escolas públicas estarão na agenda da equipe que pretende abordar outros temas presentes na escola e na sociedade como, por exemplo, violência dentro da escola, depredação de patrimônio público e depressão. Para esse primeiro momento, os palestrinhas produziram um vídeo que traça o perfil do feminicida, geralmente, conquistador, mas, violento. O objetivo do vídeo é alertar para indícios que estão sempre presentes nestes perfis masculinos.
O grupo fez uma pequena apresentação para o ciclo de visita e ficou bastante empolgado com o resultado. Usando slides, vídeos, teorias e cenas de violência cotidiana, Flávia Alessandra, Alanes da Silva, Larissa Queiroz, Weslaine Monteiro, Jennifer Santos e Diogo Martins mostraram um pouco do projeto que recebeu o nome de “Palestrinhas da fiu fiu”. O ponto de partida é abordar nas escolas a questão da violência contra a mulher através de dinâmicas, discursos e atividades que colocam os alunos em situação de conflito para que tomem decisões éticas. Encorajar a mulher a denunciar é um dos pilares do ciclo de palestras da Fiu fiu não é elogio. A ideia é desenvolver dentro desse processo habilidades linguísticas, gosto pela leitura, desenvoltura ao falar em público e principalmente, replicar a o projeto para outros palestrinhas.
As apresentações esclarecem conceitos como machismo tóxico, femismo, feminismo, feminicídio e visam combater o machismo dentro das escolas e na sociedade, visto que esses adolescentes trazem na cultura deles atitudes já naturalizadas do machismo. Como objeto de trabalho, os palestrinhas pretendem mostrar músicas que divulgam o preconceito e a violência contra o sexo feminino, índices de mortes no Brasil e no mundo, bem como histórias de superação.
Protagonistas da Fiu Fiu
Um dos objetivos do grupo é promover o tema dentro das escolas. A equipe vem estudando as leis do feminicídio e terá contato com advogados da área para ampliar conhecimentos. Como parte do projeto, propagandas, textos, relatos e entrevistas serão divulgadas nas redes sociais para que mais pessoas tenham acesso aos números reais desse problema social.
Fortalecendo o diálogo
Durante as palestras e oficinas, os palestrinhas ficarão frente a frente com alunos de suas idades e isso fortalecerá o diálogo. Esse dado é importante, por não fazer com que os conselhos e trabalhos soem como ordens de um adulto para um adolescente e sim, de aluno para aluno. Os alunos pretendem acompanhar o professor Fabiano Oliveira durante a turnê de O Enem, o sonho & você. Algumas apresentações já estão agendadas, dentre elas, no dia 5 de julho no Ginásio do Sesi, mas, antes, os palestrinhas se apresentam em casa, no CE Dom Luciano.
Fonte: Fabiano Oliveira
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