Lançada nesta quarta-feira, 26, a Campanha da Fraternidade traz como tema “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso” e como lema bíblico “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34).

Segundo dados sistematizados no Texto-Base da CF 2020: “No Brasil, 22,6% das crianças e adolescentes entre 0 e 14 anos vivem em situação de extrema pobreza. 11,7 mil crianças e adolescentes foram vítimas de homicídio em 2017. Em 2016, houve no País 11.433 mortes por suicídio, uma média de 31 casos por dia. Nos seis primeiros meses de 2018, os acidentes de trânsito provocaram mil mortes e 20 mil casos de invalidez permanente no país. Em 2017, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE -, o Brasil era 9º País mais desigual do planeta em distribuição de renda.”

O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB -, dom Joel Portella Amado, disse ser necessário indagar se realmente são necessárias estatísticas para perceber que, em nossos dias, a vida vem sendo fortemente desrespeitada. Dom Joel citou, como exemplo, o tema da violência ostensiva – tema das Campanhas de 1983 e 2018. Para dom Joel, a lista de morte é grande e já a conhecemos: “mortes nas ruas através de balas perdidas, morte nas macas dos hospitais, morte por causa da fome, do desemprego, morte no campo, nas aldeias indígenas e morte entre os jovens”.

Segundo ele, a Campanha da Fraternidade deste ano quer alertar para duas atitudes, a indiferença e a crença de que a morte só é vencida pela própria morte. “Essa é atitude de quem se esquece da Campanha da Fraternidade de 2018 e acaba pregando a superação da violência através da própria violência”, disse.

 

* Com informações da CNBB

Foto: CNBB