A barragem de Xingó, AL/SE, terá uma redução dos atuais 560m³/s para 550m³/s a partir da próxima segunda-feira, 2 de outubro. Esta vazão defluente também é a menor da história do reservatório.

Além de Xingó, a barragem de Sobradinho, BA, começou a operar com uma defluência mínima de 580 metros cúbicos por segundo (m³/s), menor patamar de água já liberado até hoje pelo maior reservatório da bacia do Rio São Francisco.

Ambas as reduções foram acordadas na última reunião de avaliação das condições de operação dos reservatórios do São Francisco na última segunda, 25 de setembro.

Resolução

Desde 18 de julho, com a Resolução da Agência Nacional de Águas – ANA – nº 1.291/2017, os reservatórios de Sobradinho e Xingó, no Rio São Francisco, estão autorizados pela ANA a liberar uma média mínima diária de 550m³/s de água, o menor patamar já autorizado para ambos os reservatórios.

A autorização da ANA também permite à Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – Chesf – adotar uma defluência mínima instantânea (a cada medição) de 523m³/s até 30 de novembro. No entanto, estas vazões estão sendo colocadas em prática gradualmente para permitir a avaliação das medidas sobre os usos da água.

A redução da vazão defluente de Sobradinho e Xingó conta também com permissão emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama -, em 7 de agosto, por meio da Autorização Especial nº 12/2017. Este documento também autoriza a Chesf a realizar testes de redução da vazão defluente da hidrelétrica de Xingó até o limite mínimo de 550m³/s.

Preservação de estoques

A redução da defluência mínima busca preservar os estoques de água dos reservatórios da bacia do Rio São Francisco diante do agravamento das condições de seca, que desde 2012 vêm sendo impactados por chuvas abaixo da média, exceto em janeiro de 2016. Por conta desta situação, a ANA vem autorizando a redução da vazão mínima defluente abaixo de 1.300 m³/s (patamar mínimo adotado em situações de normalidade) tanto em Sobradinho quanto em Xingó desde a Resolução ANA nº 442/2013, quando o piso do volume de água liberado caiu para 1.100m³/s.

A partir de então, as defluências mínimas desses reservatórios têm sido reduzidas gradativamente, conforme verificada a necessidade de adequação às condições climáticas mais severas e sempre buscando garantir a segurança hídrica na bacia.

* Com informações da ANA

Foto: Zig Koch / Banco de Imagens ANA