Um dia depois do anúncio do Governo Federal de que iria aumentar os tributos do Programa de Integração Social – PIS – e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins – sobre a gasolina, o diesel e o etanol, o preço desses combustíveis estão mais caros na bomba.
O aumento divulgado em nota conjunta dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, na quinta-feira, 20, e que entrou em vigor imediatamente, por meio de decreto publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União – DOU – foi justificado pelo Governo como uma medida para aumentar a arrecadação em R$10,4 bilhões a fim de cumprir a meta fiscal, que tem déficit primário de R$ 139 bilhões.
A alíquota dos combustíveis subiu de R$ 0,3816 para R$ 0,7925 para o litro da gasolina e de R$ 0,2480 para R$ 0,4615 para o diesel nas refinarias. Para o litro do etanol, a alíquota passou de R$ 0,12 para R$ 0,1309 para o produtor. Para o distribuidor, a alíquota, atualmente zerada, aumentou para R$ 0,1964.
Por causa do aumento dos tributos sobre os combustíveis houve reclamação e correria para os postos na sexta-feira, 21, que registrou longas filas com consumidores querendo abastecer com preços menores em todo o País. O litro da gasolina sofreu reajuste de até R$ 0,41, e o do diesel, de R$ 0,21. No etanol, a alta chegou a R$ 0,20.
A majoração no preço dos combustíveis tem ainda um efeito cascata porque influenciará o aumento de muitos outros produtos e serviços, afetando a diversos setores da economia como transporte, alimentação, eletrônicos, agrícola, entre tantos outros segmentos que dependem do frete.
Foto: Sueli Carvalho
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