Há muito tempo a maternidade deixou de ser entendida como aquele momento em que a mãe precisa estar exclusivamente dentro de casa com os filhos para sozinha garantir a criação da prole enquanto o pai trabalha. As mães ao longo dos anos e em diversas sociedades ocuparam o papel decisivo no sustento da família.
Segundo dados do IBGE o Brasil tem mais de 28,1 milhões de mães trabalhadoras, representando mais da metade das mães brasileiras. Entre os focos de atuação estão serviços domésticos, comércio, farmacêutica, serviços financeiros e outros.
A responsabilidade da criação atrelada ao compromisso do sustento da família, onde, muitas vezes, são mães solo (criam sozinhas seus filhos), fazem emergir o sentimento de culpa, também proveniente do estigma imposto a figura feminina como única responsável pelos filhos. Muitas mães começam a acreditar que não são boas mães por não disporem de mais tempo para estarem com seus filhos. A psicóloga do Hapvida, Raíssa Serpa explica que o sentimento é comum, mas não deve ser alimentado.
“É normal o sentimento de culpa, até porque está havendo mais investimento das mulheres mães no campo profissional, e isso pode resultar em um tempo menor com os filhos. Mas esse sentimento precisa ser trabalhado, porque não tem como uma pessoa ocupar tantos papéis como a mulher precisa hoje em dia ocupar de uma forma integral”, pondera.
A especialista ressalta que deve haver um equilíbrio entre os interesses desenvolvidos pela mulher, que é preciso cuidar de si e não só da maternidade. “A mulher que é mãe é também mulher no campo profissional, ela é mulher na relação conjugal, ela é mulher que pratica uma atividade física, ela é mulher na política, logo, existem diversos papéis que a mulher pode ocupar com qualidade”, explica.
Fonte: D Comunicação Estratégica
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