A Região Nordeste registrou no último mês de junho uma inflação de 3,9%, a menor no acumulado dos últimos 12 meses, desde 2008. Os dados são do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste – Etene -, órgão do Banco do Nordeste – BNB.
Segundo o levantamento feito pelo Etene, a região apresentou deflação de 0,12%, o que não ocorria há quase três anos. O Etene revela ainda que o processo inflacionário regional continua a demonstrar claro arrefecimento e representa fato relevante para a economia regional.
“Em síntese, o cenário econômico desafiador e a recuperação da safra agrícola, em conjunto, causam o processo de desinflação em curso no Brasil e no Nordeste”, explica o coordenador de estudos e pesquisas do Etene, Allisson Martins. Ele é um dos autores da análise econômica disponível no site do Banco do Nordeste (www.bnb.gov.br/diario-economico-2017).
Segundo Allisson Martins, os preços nos grupos Transportes (-0,98%) e Alimentação e Bebidas (-0,49), foram aqueles de maior intensidade na contração dos preços, e também em termos de impacto (-0,16% pontos percentuais), na formação do indicador inflacionário do Nordeste.
Em Salvador, os preços da gasolina (-8,71%) e do etanol (-7,45%) foram os de maior retração no País. No grupo Alimentação e Bebidas, o comportamento de preços do subgrupo Alimentação no Domicílio contribuiu de maneira relevante para o recuo, em razão da queda dos preços em 1,23%, 1,07% e 0,20%, para Fortaleza, Recife e Salvador, respectivamente.
O estudo realizado pelo Etene revela ainda que entre os itens que registraram elevações de preços em junho, destaca-se o feijão-carioca (rajado), por conta da quebra de safra desse produto, sendo o item de maior crescimento nas três Capitais do Nordeste: Salvador (+49,63%), Recife (+22,04%) e Fortaleza (+16,32%).
* Com informações do BNB
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