Os cineastas Carlos Pronzato e Richardson Pontone lançaram em Aracaju, na noite desta quinta-feira, 25, no Cine Vitória, o documentário “Lama, o crime Vale no Brasil: a tragédia de Brumadinho”.
Filmado durante 15 dias, quase imediatamente após o desastre que tirou a vida de 308 pessoas, o intuito da obra é amplificar as vozes das pessoas que foram atingidas e principalmente deixar em evidência que esse desastre já estava em curso.
A obra traz entrevistas com especialistas no assunto, moradores da região, militantes de movimentos sociais e representantes de órgãos oficiais, além de materiais relacionados com o episódio, reunidos minuciosamente.
Rompimento
No dia 25 de janeiro de 2019, a barragem do Córrego do Feijão rompe em Brumadinho, espalhando um mar de lama pela região. A barragem pertencia à mineradora Vale S.A. Foram despejados 12 milhões de metros cúbicos de lama na bacia do Rio Paraopeba e os rejeitos já chegaram no Rio São Francisco.
O município de Brumadinho, com quase 40 mil habitantes, tem como principais atividades econômicas a exploração de minério, a agricultura, a pecuária e o turismo. O rompimento da barragem ocorreu na hora do almoço na troca de turnos, com o refeitório localizado abaixo da barragem.
O desastre causa ainda mais indignação pela impunidade, a mesma empresa, a mineradora Vale, maior produtora mundial de minério de ferro, está envolvida no crime de Mariana, com o rompimento da barragem de Fundão, em 2015. Até o momento foram identificados 216 mortos e ainda há 91 desaparecidos.
Fonte: Sindijus
Foto: Divulgação/ Sindijus
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