Para cobrar o reajuste do piso de 2019 os professores e professoras paralisam as atividades e realizam ato no próximo dia 20, a partir das 8h em frente à Secretaria de Estado da Educação, da Cultura e do Esporte – Seduc.

À tarde, os professores e professoras tanto da rede estadual quanto das redes municipais se unem em defesa da aposentadoria e contra a Reforma da Previdência na Praça General Valadão às 14h.

“Esse é mais um momento em que nós professores e professoras não podemos esmorecer da luta. Seja ela para garantir conquistas do magistério, mas também para não perder direitos, como é o caso da reforma da previdência”, aponta a professora Ivonete Cruz, presidenta do Sintese.

Rede estadual

Na rede estadual o magistério cobra a aplicação do reajuste de 4,17% e também a continuidade na recuperação da carreira. A presidenta do Sintese, professora Ivonete Cruz fez uma retrospectiva de como se deu o reajuste do piso desde o ano de 2012, onde o governo só reajustou (em 22,22%) para o Nível Médio. Nos anos de 2013 e 2014 reajustou para todos os níveis. E desde 2015 o que o Governo do Estado tem feito é reajustar o Nível Médio e para os demais níveis faz uma conta de chegar, ou seja, quem tem o vencimento inicial abaixo do valor, o governo faz um complemento.

Lembrou também que só em 2018, após três paralisações, que o governo negociou o início da retomada da carreira em 15% (o que no contracheque variou entre 6% e 15%).

Redes municipais

O SIntese desde o anúncio oficial do reajuste que fez o contato (via ofício) com as administrações municipais para negociar o reajuste. Até o momento 17 municípios negociaram o reajuste do piso de 2019, destes seis já pagaram no salário de janeiro. Os demais irão pagar nos salários de fevereiro. O sindicato está em negociação e espera que mais municípios cumpram a lei do piso.

Luta contra Reforma da Previdência

Os professores e professoras entram na luta da classe trabalhadora contra a Reforma da Previdência. O texto que irá para o Congresso aponta que a proposta do governo Bolsonaro consegue ser pior que a de Temer. No caso do magistério, o aumento na idade e tempo de contribuição fará com que a professora (que responde hoje por 85% da categoria) tenha que trabalhar, no mínimo, 10 anos a mais que hoje.

“Precisamos fazer o enfrentamento a essa proposta, a previdência não é deficitária. Querem colocar na conta do trabalhador e da trabalhadora a grande dívida dos empresários”, aponta Roberto Silva dos Santos, vice-presidente do Sintese.

Atualmente o professor para se aposentar precisa ter no mínimo 55 anos de idade e 30 anos de magistério. Para a professora a conta é: 50 anos de idade e 25 anos de magistério.

No texto divulgado, a idade para os professores e professoras seria de 60 anos, ou seja, as professoras teriam que trabalhar 10 anos a mais do que hoje.

Eleições

A assembleia também elegeu os membros da comissão eleitoral que vai coordenar o processo das eleições do Sintese que acontecem entre os dias 6 e 10 de maio para direção executiva e coordenação das sub-sedes.

 

Fonte: Sintese

Foto: Ascom Sintese